“Lucro é o subproduto das coisas bem feitas”, definiu Philip Kotler, reconhecido como grande autoridade mundial em marketing. Se considerarmos que coisas bem feitas são aquelas realizadas com trabalho, competência, transparência e ética (no prazo e preço corretos) – qualidades que são inerentes ao verdadeiro empreendedorismo – por que então há tanto preconceito contra o lucro em nossa sociedade?

Precisamos incentivar esta discussão para deixar de condenar aquilo que é apenas o justo resultado das legítimas iniciativas que ocorrem numa economia capitalista saudável, ancorada nos princípios da livre concorrência e livre mercado, que prevalecem nos países democráticos e com grande justiça social. Negar isso é julgar que a costureira que, com o suor do seu esforço, obteve lucro na venda de seus produtos, progrediu, criou uma empresa, empregou outras costureiras, lucrou mais, abriu filiais e passou a exportar, simplesmente cometeu o pecado mortal de lucrar.

O Brasil precisa mudar sua visão. Lucro é sucesso, é prosperidade para o empreendedor e para todos aqueles que dele dependem para ter oportunidades. É hora de enxergar o lucro como uma ‘instituição positiva’, mais uma dentre tantas outras que o Secovi-SP passa a publicamente defender neste espaço. Participe dessa discussão. Envie sua opinião. É por meio dessa troca de idéias que vamos criar a caixa de ressonância necessária à preservação de princípios e valores de real importância para nossa evolução material, social e moral.