O desempenho mensal é modesto, mas o resultado geral é positivo, e já garante que metade de 2006 entre para o lado azul da contabilidade do mercado de imóveis usados do Estado de São Paulo. Agosto foi o sexto mês seguido de vendas em alta no conjunto de 37 cidades pesquisadas pelo Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo (CRECI-SP).

As 1.496 imobiliárias consultadas venderam 1.081 casas e apartamentos, o que representou um aumento de 2,08% em relação a julho. O índice de vendas estadual passou de 0,7079 para 0,7226. Das quatro regiões do Estado em que é feita a pesquisa, duas tiveram resultados positivos em agosto e duas, negativos.

Na Capital houve alta de 4,71% na comparação do período, e no Interior, de 3,98%. Já nas cidades de Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema mais Guarulhos e Osasco, as vendas caíram 1,14%, percentual reduzido para 0,27% no Litoral.

A série de resultados positivos começou em março, com 2,27% na comparação com fevereiro, e prosseguiu em abril (+ 2,06%), maio (+ 0,89%), junho (+ 0,02%) e julho (+ 0,32%).

“Esse comportamento do mercado é o resultado mais provável de uma irrigação a conta-gotas de crédito imobiliário: pouco, mas perene”, resumiu o presidente do CRECI-SP, José Augusto Viana Neto. Sua afirmação se baseia no fato de que o volume de imóveis vendidos com financiamento bancário mantém-se praticamente inalterado desde o início do ano, na faixa de 33% do total negociado – a maioria, 60% em média, é vendida à vista.

“É a rotina do financiamento imobiliário de imóveis usados, que não cresce, mas também não desaparece como acontecia em anos passados”, afirmou Viana Neto, acrescentando: “Não é uma situação ruim, porque há vendas, mas poderia ser bem melhor com medidas como ampliação do financiamento de 100% do valor do imóvel, redução dos juros e ampliação do prazo para muitas modalidades de financiamento.”

Segundo a pesquisa CRECI-SP, os imóveis mais vendidos em agosto no Estado foram os de valor até R$ 100 mil. Eles representaram 55,62% das vendas feitas na Capital; 67,15% no Interior; 74,87% no Litoral; e 66,41% na região do A, B, C, D mais Guarulhos e Osasco.