Durante o I Fórum de Habitação de Interesse Social, realizado emSalvador, no mês de agosto, um dos temas de destaque foi “Perspectivas esoluções para a redução do déficit habitacional do país”.

O debate contou com a participação do secretário de Habitação de SãoPaulo e presidente da Companhia de Desenvolvimento Habitacional Urbano,Lair Alberto Soares Krähenbühl, do diretor-presidente da AgênciaAlagoana de Habitação e Urbanismo, Marcos Fireman, da coordenadora geraldo Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade do Habitat (PBQP-H),Maria Salette de Carvalho Weber, do deputado federal e presidente daComissão de Desenvolvimento Habitacional Urbano, Zezéu Ribeiro (PT-BA),da superintendente de Habitação da Secretaria de Desenvolvimento Urbanoda Bahia, Tânia Scofield, e do vice-presidente da CBIC, José CarlosMartins.

De acordo com Krähenbühl, em São Paulo ogoverno, além de iniciar um trabalho ostensivo para ampliar a qualidadedas habitações populares, tomou medidas contundentes para destravar osgargalos que impedem a redução do déficit habitacional do estado, que jáultrapassa a casa dos 4 milhões de moradias. Situação agravada com aconcentração de 880 mil famílias morando em favelas, cuja concentraçãode 50% estão no Rio de Janeiro e em São Paulo.

Ogovernador José Serra assinou decreto estabelecendo 60 dias de prazopara que todos os órgãos públicos aprovem os projetos habitacionais, quesão transversais e passam por várias secretarias. “O funcionárioresponsável por emperrar a aprovação de qualquer esfera do projeto tem onome publicado no Diário Oficial”, explicou Krähenbühl.

O secretário ressaltou que o governo vem trabalhandosistematicamente na qualidade das construções e que, hoje, todos osempreendimentos dispõem, por exemplo, de recursos como aquecimentosolar, gerando economia de 70% nas contas de energia elétrica ebeneficiando as famílias de baixa renda.

Outras medidasque estão produzindo em São Paulo moradias mais dignas para a populaçãode baixa renda incluem: áreas molhadas com azulejo até o teto,esquadrias padronizadas e ventilação cruzada nos ambientes, pé-direitode no mínimo 2,6 metros, laje de forro total, reutilização de água comcaptação de água de chuva, medidores individuais de água, luz e gás,lâmpadas mais eficientes que duram até dois anos e que só custam R$ 1,00a mais que as convencionais que duram apenas seis meses, além de outrosdiferenciais, como projetos de centros comerciais, áreas de lazer earborização nos conjuntos habitacionais.

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