Com as exigências da vida moderna, optar pela convivência num condomínio que ofereça segurança, tranquilidade e lazer se tornou a preferência da população. Mas, na prática, o dia a dia nem sempre é tão simples como parece. Com o objetivo de esclarecer e explorar regras básicas de convivência, como tolerância e harmonia, a Regional Secovi (Sindicato da Habitação) em Campinas promoveu na última terça-feira, 28/5, o Encontro de Síndicos e Administradoras de Condomínios da Região, que contou com a presença de mais de 100 pessoas.

A palestra Direito de Vizinhança foi ministrada pelo advogado Michel Rosenthal Wagner, membro da vice-presidência de Administração Imobiliária e Condomínios do Secovi-SP, que defendeu o direito de usar e desfrutar livremente dos espaços com segurança, sossego e saúde. Além disso, esclareceu os direitos de vizinhança, a importância da boa gestão, regimentos internos, estatutos de Associações, assembleias e multas.

“O direito de vizinhança implica em direitos individuais, coletivos e difusos. Ser vizinho significa compartilhar, buscar harmonia, desfrutar de espaços e hábitos comuns e respeitar os direitos e limites dos outros vizinhos. Conviver é uma cultura que deve ser desenvolvida para o aumento da qualidade de vida”, ressaltou Rosenthal.

Inadimplência, higiene e limpeza, obras, mudanças, áreas de lazer, estacionamentos, animais de estimação, barulho e segurança estavam entre os temas mais discutidos com relação aos conflitos do dia a dia. O palestrante defendeu as assembleias como a melhor forma para esclarecer e tratar dos problemas cotidianos.

Além disso, explicou que o bom síndico é aquele que não se omite em situações que estão causando desconforto na convivência do condomínio. “O síndico deve ser mediador e conciliador. Não há uma fórmula. O mais indicado é sugerir e conduzir de forma a envolver os interessados e encontrar uma solução para os conflitos”.

O evento foi coordenado por Kelma Camargo, diretora de Condomínios do Secovi-SP, que destacou a importância da tolerância para enfrentar as dificuldades e aceitar os comportamentos. “Com a tecnologia atual, as pessoas se distanciam cada vez mais do diálogo. É imprescindível administrar os interesses individuais e analisar as próprias atitudes. Pensar na harmonia dentro dos condomínios, tolerar diferenças e promover a convivência significa facilitar o dia a dia e viver sem preocupações”.