Quem quer vender ou alugar um imóvel pode acabar refém de uma série de equívocos. Um deles é anunciar em diversas imobiliárias – o que significa encher a fachada de placas de “Vende-se”, “Aluga-se”. Afinal, quanto mais empresas e corretores trabalharem na venda do imóvel, mais rapidamente fecha-se negócio, certo? 

Errado! 

A experiência mostra que essa tática pode ter efeito reverso. O imóvel repleto de placas transmite uma “mensagem de desespero” e provoca desconfiança. Além disso, quando se recorre a várias imobiliárias, os fatores preço e negociação saem chamuscados desde o início. 

Quando o imóvel é trabalhado por apenas uma empresa, o proprietário canaliza suas demandas para um único corretor de sua confiança, que gerencia as visitas ao imóvel, filtra os potenciais compradores e, com habilidade, inibe as visitas de curiosos e de pessoas de má-fé. 

A boa-nova é que, graças ao sistema de trabalho de imobiliárias em rede, já é possível deixar o imóvel à venda em apenas uma intermediadora. Em contrapartida, dezenas de outras empresas se empenham em sua comercialização. 

Essa realidade já é presente no mercado brasileiro. Em São Paulo, a Rede Secovi de Imóveis – vinculada ao Secovi-SP (Sindicato da Habitação) – é o expoente dessa dinâmica. Quem anuncia sua oferta em uma imobiliária da Rede passa a contar automaticamente com mais de 150 agências e mais de três mil corretores empenhados no fechamento do negócio. Tudo o que for relativo à venda, no entanto, é concentrado em apenas uma imobiliária. 

Os benefícios inerentes a essa prática são inúmeros: agilidade na venda, uma única placa de “Vende-se”, mais profissionalismo na negociação e maior divulgação do imóvel. 

Nos Estados Unidos, Canadá e Argentina, o trabalho em rede já é disseminado. Chegou a hora de essa modernidade beneficiar os brasileiros. 

* Nelson Parisi Júnior é presidente da Rede Secovi de Imóveis