Foi-se o tempo em que as repúblicas estudantis se resumiam em vários estudantes, de idades e cursos diferentes, dividindo os mesmos espaços. Hoje, muitos deles moram em novas quitinetes. É um público grande de jovens que vem de outras cidades e tem um poder aquisitivo alto.

São José do Rio Preto, por exemplo, possui várias opções em cursos técnicos e universitários e atrai milhares de novos alunos anualmente, vindos de vários lugares do País. O fluxo maior é das cidades próximas, onde a maioria não oferece as mesmas oportunidades de estudo e emprego.

Por isso, de acordo com Alessandro Nadruz, diretor da Regional do Secovi em São José do Rio Preto, as incorporadoras devem ficar atentas às mudanças deste perfil de público. “Mesmo sendo jovens, eles são consumidores em potencial, e exigentes. Muitos dividem o tempo entre os estudos e o trabalho e querem privacidade e sossego, por isso, escolhem os apartamentos pequenos”, disse.

Nadruz explica ainda que este conceito pode ser observado junto às imobiliárias. “Há quem procure por imóveis que possam servir de moradia para, no máximo, dois ou três moradores. Existem sim as exceções, mas a maioria prefere menor quantidade de pessoas”, diz.

Ainda de acordo com o diretor da Regional, as repúblicas tendem a crescer até 20% entre os meses de dezembro e fevereiro. “É o período dos vestibulares e dos cursinhos pré-vestibulares. Por isso existe demanda no mercado”, explica.