palestraInvestimento em novas tecnologias, plataformas e modelos de comunicação para atender a nova geração de clientes do segmento condominial foram os destaques do painel que discutiu as tendências do setor para os próximos anos no Enancon 2016, evento do Secovi-SP destinado a profissionais de administradoras.

Pepe Gutierrez, administrador de imóveis na Espanha e professor de Estudos Imobiliários da Universidade de Alicante (Espanha), trouxe uma visão internacional da gestão condominial e pontos que ele considera fundamentais para atender a geração Millennial. “As administradoras devem se preparar para atender esse novo perfil de clientes, que são totalmente tecnológicos, visuais, multitarefas e individualistas. Mobilidade, redes sociais e forte uso de imagens e gráficos em comunicados são recursos que devem ser adotados”, orientou Gutierrez, que também é integrante do IREM (Institute of Real Estate Management).

De acordo com ele, a administração condominial vai passar de reativa para proativa. “Se hoje os clientes prezam pela qualidade, no futuro vão exigir projeto no atendimento”, disse. As empresas devem oferecer as novidades sem cobrar nada extra, com atitude colaborativa.

Seguindo a linha de novas tecnologias e modernização de serviços, um novo modelo de prestação de contas digital foi apresentado pelo segundo palestrante do painel, Antônio Pacheco Couto, sócio-diretor da Lello Condomínios. Disponível para síndico e membros do conselho no dia 5 do mês seguinte – dez dias antes em relação à entrega do modelo tradicional em papel –, a prestação de contas digital possibilita a análise simultânea por todos os conselheiros, conferindo celeridade ao processo, acesso imediato às informações, logística facilitada e proteção dos documentos.

Adotada há 15 meses, a novidade tem adesão de 90% dos clientes da empresa, e 70% deles já dispensaram a prestação de contas em papel. A empresa também teve outros ganhos: seu arquivo físico foi reduzido em 60% e a trabalhosa logística da montagem das pastas foi praticamente abolida.

Couto defendeu que a administração de condomínios deve unir características de fábrica de serviços, com um back office que realiza 60% dos serviços, e formação de equipes que preze por um atendimento diferenciado e de qualidade. “A reconstrução do papel da administradora é inexorável. Só vamos encontrar o valor que tanto procuramos em nosso serviço a partir do momento que admitirmos que essa transição é necessária e que a preparação do nosso profissional atinge esse grau. Os serviços para os quais fomos contratados têm de ser cada vez mais excelentes e no estado da arte”, afirmou.

O painel teve coordenação de Hubert Gebara, vice-presidente de Administração Imobiliária e Condomínios do Secovi-SP.

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