Guido Cussiol Neto também participou da palestra

Quais as vantagens e desvantagens referentes à individualização de hidrômetros em condomínios? O que diz a lei? Como é feita a leitura e emissão de faturas individuais? Quais as empresas que podem realizar a obra? Essas e outras dúvidas foram esclarecidas na noite da última segunda-feira (17/04), na sede da Regional Sorocaba do Secovi-SP, em palestra que contou com a participação de técnicos do SAAE (Serviço Autônomo de Água e Esgoto).

A individualização de hidrômetros em condomínios residenciais e empresariais é obrigatória em Sorocaba através da lei nº 8610/2008 e do Decreto nº 22227/2016 e atinge os empreendimentos edificados a partir de 2009. Desde sua publicação, a lei tem gerado dúvidas entre administradoras de condomínios, síndicos e moradores. Na cidade, muitos defendem a mudança por considerarem uma medida justa, ao cobrar de cada unidade o que realmente foi gasto, e por acreditarem que a obra pode resultar em economia de água.

Para Rodolfo da Silva Oliveira Barboza – diretor Operacional de Esgoto do SAAE (Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Sorocaba), não há dúvidas que a individualização de hidrômetros e a emissão de contas individuais leva os moradores a ter uma maior consciência sobre o consumo. “Quando há rateio do gasto entre as unidades, os moradores não sabem quanto consumiram. Quando cada um recebe sua fatura e paga pelo que efetivamente usou, a atitude muda”, explica.

Normas técnicas – Por se tratar de um assunto relativamente novo, o SAAE (Serviço Autônomo de Água e Esgoto) criou um manual com as normas técnicas a serem seguidas pelo condomínio para executar a obra. Com dicas claras e simples, o manual pode ser baixado pelo site da autarquia (http://www.saaesorocaba.com.br) no item Informações Úteis/ Normas e Especificações técnicas. O manual é completo e inclui a documentação que deve ser apresentada ao SAAE, como a ata da assembleia onde o condomínio autoriza a obra, o projeto hidráulico do edifício com anotação de responsabilidade técnica ART e a documentação dos moradores para que seja emitida a fatura individual.

Dependendo da adaptação, Rodolfo explica que a leitura do consumo pode ser feita de forma visual ou remota ou com sistema remoto SMR. Para esta última opção, o SAAE exige a validação do sistema de leitura para garantir que haja compatibilidade com o equipamento de leitura da autarquia, considerado um dos mais modernos do País.  

Para o diretor Regional do Secovi em Sorocaba, Guido Cussiol Neto, “este é um tema de grande importância, uma vez que os condomínios têm se desdobrado para cortar custos e realizar gestões mais eficientes”. Já Cleusa Bersi, diretora de Administração Imobiliária e Condomínios da entidade no município, ressalta a necessidade de diálogo em torno do assunto. “É preciso que cada condomínio discuta com seus moradores, de forma detalhada, as vantagens e desvantagens do investimento na obra e na individualização da leitura. De qualquer forma, a Regional Sorocaba está aberta para esclarecer as dúvidas referentes ao uso consciente da água”, afirmou.