O setor da construção civil considera que a cidade já está sofrendo com esses assuntos e que a situação pode piorar nos próximos dois anos. Para os empresários, as questões relativas ao urbanismo da cidade, além da crise econômica nacional, estão levando à estagnação do mercado como um todo.
Além disso, a oposição acredita que pelo menos nove das 26 áreas revisadas não terão nenhuma mudança prática. Isso porque, segundo a bancada opositora, no período entre a aprovação da Lei de Zoneamento, em agosto de 2010, e a derrubada dos 26 artigos pelo TJSP, em 2015, proprietários das áreas afetadas fizeram construções e alterações que não poderão ser revertidas.
Como exemplo, foram citadas áreas que, de acordo com a lei vigente, eram consideradas residenciais e, após a emenda apresentada, foram classificadas como ZUC 5 (Zona de Urbanização Controlada), que autoriza a construção de prédios de até 15 andares.
Para o vice-presidente do Interior e diretor Regional do Secovi na RM do Vale do Paraíba, Frederico Marcondes César, as áreas que já foram alteradas realmente podem ter uma efetividade menor com a alteração. “Porém, é preciso que a Lei de Zoneamento volte a vigorar nessas regiões. Só assim será possível pensar no crescimento ordenado de São José dos Campos, aliado ao novo Plano Diretor e, futuramente, à nova Lei de Zoneamento. O mercado precisa retomar suas atividades”, afirma.