Vendas de imóveis residenciais superaram os lançamentos em mais de 
14 mil unidades no 1º trimestre deste ano

As vendas de imóveis residenciais novos no Brasil cresceram 22,3% no primeiro trimestre de 2018 em relação a igual período de 2017. No entanto, a recuperação do mercado imobiliário nacional, iniciada no final do ano passado, ainda não foi suficiente para estimular as empresas a lançarem novos empreendimentos.  
  
O estudo Indicadores Imobiliários Nacionais divulgado pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), em correalização com o Senai Nacional, mostra que os lançamentos caíram 30,7% de janeiro a março deste ano.

O levantamento revela que está havendo um atendimento da demanda reprimida dos últimos anos, porém, sem que a confiança dos empresários na economia tenha se consolidado.

As vendas superaram os lançamentos em 14.138 unidades, número que representa 57,2% do total de unidades vendidas no período. Esse movimento provocou um redução expressiva dos estoques. A oferta final de unidades residenciais apresentaram queda de 14,8% em março em relação ao mesmo mês de 2017.

No final do primeiro trimestre deste ano, o estoque de imóveis residenciais novos no País estava em 123.055 unidades. O maior volume se concentrou na região Sudeste, com 51.097 unidades, seguido pela Nordeste, com 34.903 unidades. No entanto, estas duas regiões também registraram a maior queda nos estoque: 19,7% e 12,3%, respectivamente.

O levantamento revela ainda que 52% dos imóveis ofertados estavam em construção e 20% vendidos na planta. Os demais 33% eram imóveis prontos para entrega. O estudo aponta que 54,5% dos imóveis ofertados são unidades com 2 dormitórios.

Segundo José Carlos Martins, presidente da CBIC, o estudo mostra aumento das vendas e redução dos lançamentos, mais um sinal da falta de crédito para as empresas.

No acumulado dos três primeiros meses de 2018, foram vendidas 24.712 unidades e a região Sudeste continua sendo a principal praça, com 11.992 unidades, seguida pela Nordeste (5.790 unidades), Sul (3.187 unidades), Centro-Oeste (3.185 unidades) e Norte (558 unidades).

Os lançamentos, por sua vez, corresponderam a 10.574 imóveis, dos quais 5.245 unidades na região Sudeste. Outras 4.017 unidades foram lançadas no Nordeste, 1.056 imóveis na região Sul e apenas 256 unidades no Centro Oeste. Não houve lançamentos na região Norte.   

Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi-SP e presidente da Comissão da Indústria Imobiliária da Câmara Brasileira da  Indústria da Construção (CII/CBIC) e responsável pelo estudo, avalia que o resultado do primeiro trimestre reflete a tendência de melhoria das vendas em relação a 2017, acompanhada também pelo crescimento dos financiamentos imobiliários com recursos da caderneta de poupança.

O estudo Indicadores Imobiliários Nacionais é uma iniciativa da CBIC para acompanhar o desempenho do mercado imobiliário brasileiro, com vistas a oferecer um panorama nacional do setor em 23 localidades. Desencadeado em 2015, em correalização com o Senai Nacional, o estudo traz como avanço a criação de uma metodologia única para a coleta de amostras e compilação de resultados, permitindo a comparação periódica e garantindo mais consistência aos dados. Com esse estudo, a entidade apresenta um termômetro do setor, para que empresas privadas e entes públicos possam tomar melhores decisões e antever tendências.

Clique aqui para conferir a íntegra do estudo.

Fonte: CBIC