O Secovi-SP realiza no dia 19 de outubro, a partir das 14 horas, a primeira edição do Secovi Talks.  “Teremos linguagem, formato e palestrantes completamente diferentes de tudo o que promovemos até agora na entidade”, ressalta Flávio Prando, vice-presidente de Intermediação Imobiliária e Marketing da entidade.

A proposta é municiar os empresários do setor com conhecimentos que os ajudem a planejar suas empresas para as próximas décadas. “Provocaremos reflexões sobre como nosso negócio deverá se posicionar no futuro, face às mudanças trazidas pela tecnologia e pelo comportamento das novas gerações. Para isso, recorremos a especialistas que pensam fora da caixinha”, completa Prando.

Confira alguns dos temas do evento:

Minimalismo e nomadismo – Viver apenas com o necessário parece ser um comportamento cada vez mais adotado por algumas pessoas. Em certos casos, os afeitos a esse estilo de vida nem sequer têm casa, e vivem de tempos em tempos em lugares diferentes. André Buiat, ex-executivo de marketing de grandes multinacionais, é um adepto desse modo de vida, e passou por uma experiência marcante de minimalismo e nomadismo. “Já atravessei o continente australiano morando dentro de um carro”, diz Buiat, que é palestrante do Secovi Talks. No evento, falará sobre vida comunitária, consumo consciente e como viver mais com menos.

Inteligência humana x Inteligência artificial – Em uma era em que inteligência artificial ganha cada vez mais espaço nos debates sobre o futuro das organizações, urge um debate inadiável: como obter sucesso humano? Para Guido Padovano, não adianta querer competir com as máquinas. “A solução é sermos cada vez mais humanos, e melhores humanos”, afirma o ex-diretor da Merrill Lynch, conselheiro de administração de empresas globais (como Decolar e Buscapé) e investidor de startups nos Estados Unidos e na China. Padovano, que palestra no evento, sublinha que a presença humana ainda não tem substituto. “Se, antes, saber trabalhar com pessoas já era fator importante de transformação, hoje, isso se torna ainda mais relevante”, sustenta.

Cohousing – Espaço de moradias colaborativas é o tema da palestra da arquiteta Lilian Lubochinsky. Profissional certificada pelo Charles Durred Cohousing Company, ela afirma que “essa solução de moradia passa pela recuperação da dimensão de comunidade”. Segundo a arquiteta, o objetivo de quem busca por esse tipo de moradia é a criação de vínculos. “Não é meramente o desenho [do empreendimento] que vai fazer isso. É, também, o processo de formação e de facilitação que profissionais prestam a esses moradores”, diz. O cohousing é uma alternativa desejável para pessoas que estejam na segunda metade de suas vidas. “É uma solução que equaciona a solidão, mas sem a perda da privacidade”, ressalta.

Netnografia – Em tempos em que a comunicação entre empresas e clientes é mediada cada vez mais por redes sociais, dois pontos precisam de ser bem definidos: saber com quem está falando e como está falando. A personalidade dessa fala, suas características e seu tom, é o que se chama de brand voice – ou voz da marca. “É o dialeto das mídias. É o idioma que se fala nas redes sociais”, diz Lerrine Mewes, comunicóloga e palestrante do Secovi Talks. A brand voice fornece a base para a consistência do conteúdo das empresas, com implicações em design, cultura e marketing em geral. No evento, Lerrine aborda a importância da definição dos avatares, perfis etnográficos altamente elaborados de consumidores, que resultam na criação de ações de comunicação que falam diretamente às necessidades específicas do perfil selecionado.

O poder colaborativo das redes – Max Nolan Shen fala sobre a vida em rede, tanto pelo lado pessoal quanto pelo profissional. Especialista em redes colaborativas e organizações horizontais, o palestrante foi iniciador da Dervish Cultural Insights, da rede #MaturityNow, e responsável por trazer a comunidade Hoffice, uma rede de empreendedores sociais que abre suas casas para uma experiência de home office compartilhado.

Tecnologias que mudam o mundoInteligência artificial, internet das coisas, realidade virtual, realidade aumentada, novas experiências entre homens e máquinas são a tônica da palestra que o jornalista multimídia Thassius Veloso profere no Secovi Talks. “A ideia é apresentar as tendências tecnológicas, falar onde estamos e para onde vamos e, dentro desse contexto, também explorar quais são as oportunidades que surgem para diversas categorias profissionais”, afirma. Para ele, a tendência, quando se fala de tecnologia, é que as coisas vão se simplificando ao longo do tempo, ficando mais acessíveis a todos e ajudando a incluir mais pessoas.

Neuromarketing – Até 75% de uma comunicação pode ser não-verbal. São mensagens que não estão declaradas no que as pessoas falam, mas, sim, em seus gestos, sutilezas de expressões faciais, entre outras decorrências de pensamentos que não são explícitos. Quando posto no contexto dos negócios, as empresas se veem diante de uma tarefa desafiadora: como saber o que o cliente pensa e não diz. Para o palestrante do Secovi Talks Leandro Mattos, presidente da Neurobusiness Society, cientista e professor em neurociências aplicadas ao consumo, são diversos os fatores que levam as pessoas a pensarem coisas sem dizê-las. “Muitas vezes, as pessoas deixam de falar coisas em razão de filtros sociais, pelo politicamente correto ou porque têm vergonha”, diz o palestrante. No Secovi Talks, Mattos mostra como a neurociência, por meio da tecnologia, faz registro da atividade cerebral e mapeia comportamentos, ainda que em níveis inconscientes.

Quem é rico e quem é pobre? – Vencedor do prêmio Eliasson Global Leadership, conferido pela Fundação Tällberg em homenagem a pessoas que promovem a inovação social, Rodrigo Alonso tem experiência e autoridade para falar sobre a importância do sentido de comunidade. “Vou fazer alguns paralelos entre a vida em favelas, em regiões desfavorecidas, com o modelo de vida que as pessoas levam na cidade”, afirma. De acordo com o palestrante, o modelo de desenvolvimento que predomina nas cidades afeta o senso de comunidade, gerando problemas de segurança, dor e solidão. “Em algumas favelas, você vê pessoas celebrando e cultivando a vida. Pode até mesmo ter mais segurança ali na favela do que fora dela. Por isso, você vê as pessoas com as portas de suas casas abertas”, diz. Uma de suas provocações na palestra será discorrer sobre quem é rico e quem é pobre: a pessoa que vive na favela e é feliz ou quem paga para ter a segurança de um porteiro e não necessariamente é feliz.

As inscrições para o evento estão abertas e podem ser feitas pelo telefone (11) 5591-1306 ou no site www.secovitalks.com.br.

Assista ao vídeo do Secovi Talks.