VP Flávio Prando (à direita) participa do Encontro de Outono da Cimlop 

A Confederação da Construção e do Imobiliário de Língua Oficial Portuguesa (Cimlop) realizou seu tradicional Encontro de Outono e um dos grandes temas foi o Brasil e suas perspectivas diante de possíveis mudanças no cenário político, com as eleições presidenciais em andamento. O evento aconteceu de 3 a 7 de outubro, em Portugal.

Flávio Pranto, vice-presidente de Intermediação Imobiliária e Marketing do Secovi-SP, representou a entidade no encontro e fez uma apresentação sobre o mercado imobiliário brasileiro. “Procuramos mostrar aos presentes quais eram as perspectivas para o setor na hipótese da vitória de um ou outro candidato. Fizemos um resumo do desempenho do nosso mercado durante este ano e traçamos hipóteses para o caso de vitória de quatro candidatos que, na ocasião, tinham mais chances: Jair Bolsonaro, Fernando Haddad, Ciro Gomes e Geraldo Alckmin”, explicou Prando.

Nos possíveis cenários, Prando separou as visões de cada um quanto a eventuais mudanças na remuneração do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) que poderiam impactar o programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV). “Candidatos que defendem liberalismo econômico, trariam tranquilidade para o mercado financeiro, queda da taxa Selic e uma provável redução de juros do crédito imobiliário, favorecendo o setor”, comentou o vice-presidente.

O vice-presidente ainda fez considerações a respeito da necessidade de redução de máquina pública e sobre a polarização na sociedade, que “pode progredir para tensões e trazer intranquilidade para o País.”

Oportunidades – Segundo Flávio Prando, em um cenário em que o Brasil caminhe para um aumento na dinâmica econômica, o País poderá voltar a ser atraente para investidores. “Incorporadores portugueses que já investiram aqui de 2010 a 2015, voltariam até com mais conhecimento legislativo, do mecanismo do mercado imobiliário brasileiro e da segurança jurídica.”