Para os síndicos, o ano de 2009 inicia com uma pergunta que não quercalar: posso planejar novos investimentos ou não? É uma resposta difícile requer alguns cuidados.

Vários profissionais do meioeconômico comparam a crise atual com a de 1929. No entanto, ninguémdetalha com clareza o desdobramento. Talvez para não criar mais temores,ou ainda, porque desconhecem os efeitos, uma vez que a economia mundialé sistêmica, resultante da globalização.

Os meios decomunicações diariamente divulgam que vários governantes de todos osblocos econômicos, buscam soluções para equilibrar o sistema financeiro.Isto levanta um sinal mais que laranja, no sentido de planejar comcautela as finanças.

Afinal, o que esta crise tem a vercom os condomínios? Categoricamente podemos afirmar: tudo. Eventual ondade desemprego, ou ainda, fechamento de empresas, assim com nas demaiscamadas da sociedade, atingem diretamente a saúde financeira doscondomínios, reflexo do aumento nos índices de inadimplência.

Desta forma, é salutar que o Síndico e a Administradoracomecem o ano de ?olhos nas despesas?, principalmente quando daelaboração da Previsão Orçamentária, quase sempre discutida no períodode janeiro a março de cada ano.

Manter apenas acorreção das despesas ordinárias – como a folha de pagamento, água,energia elétrica, materiais diversos, manutenção e despesasadministrativas – é o caminho. Eventual despesa extraordináriaimprescindível deverá ser estudada com muito cuidado, sendo indicadoenvolver os demais condôminos.

Planejar investimentosvisando melhorias deverá ser o último item do orçamento a ser deliberadoe, o ideal, seria aguardar pelo menos o primeiro semestre de 2009. Nestacrise, sem uma clara definição do seu alcance, qualquer medida queaumente o risco quanto à saúde financeira dos condomínios, certamentevai causar dor de cabeça aos síndicos.

Basta ver que,nos EUA, a economia mais forte do planeta, há uma forte expectativa porparte da população. Isto porque, embora com um presidente recém eleito,já é noticia que parte da equipe do governo anterior continua, causandopreocupação aos próprios americanos, uma vez que estes mesmos dirigentesnão foram capazes de prever ou mesmo conter a propagada crise.

As demais economias, consideradas fortes, sejam nobloco europeu, ou asiático, igualmente estão tomando medidas deprecaução. No Brasil, quando da cerimônia de posse dos prefeitoseleitos, particularmente em São Paulo, os discursos não foramdiferentes, apontando na mesma direção.

Com todos estessinais, nada mais saudável que a nossa ?microeconomia condominial? sigao dito popular: devagar com o andor que o santo é de barro.