Levantamento efetuado pelo Departamento de Economia e Estatísticasdo Secovi-SP junto ao Fórum da Cidade de São Paulo constatou que ovolume de ações locatícias cresceu 22,9% em março, frente a fevereiro, amaior alta porcentual desde novembro de 2004. No mês passado, foramajuizadas 2.449 ações locatícias, contra as 1992 do mês imediatamenteanterior. Vale lembrar que o total de ações foi 36,3% superior aoregistrado em março de 2008.
O incremento foimotivado, principalmente, pela falta de pagamento e pela discordânciadas partes quanto ao valor do aluguel. Os casos de inadimplênciacolocados em juízo cresceram 22%, com 2.124 casos, o equivalente a 86,7%de todas as ações de março.
Um dos destaques do mêsforam as ações consignatórias, aquelas movidas para depósito emconsignação quando há discordância sobre o valor do aluguel entre aspartes. Ainda que participem apenas com 1% do volume total de ações, emmarço elas foram 290,9% superiores às de fevereiro. No mês passado,foram registrados 43 casos de ações consignatórias no mês passado,contra os 11 de fevereiro e os 10 de janeiro. Foi o maior volume deconsignatórias desde maior de 1999.
As açõesrenovatórias, que envolvem os contratos não residenciais, cresceram43,2%, com 106 ocorrências, e as ordinárias (relacionadas a outrosmotivos que não a falta de pagamento ou a consignação) aumentaram 6% noterceiro mês de 2009.
O volume de ações acumuladas noprimeiro trimestre foi de 5.963 casos, o que representou um aumento de19% sobre idêntico período de 2008. A falta de pagamento respondeu pelamaior fatia, de 86,9%. Segundo Roberto Akazawa, gerente do departamentode Economia do Secovi-SP, ainda é cedo para dizer, com base nos dados doprimeiro trimestre, que o volume de ações locatícias tende a crescerneste ano na cidade de São Paulo. ?Mesmo assim, pode-se pensar numnúmero próximo de 24 mil casos, contra os 21 mil de 2008.?