CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO PAULO

 

Quarta-feira, 22 de maio de 2013.

 

A audiência pública que a Comissão de Finanças e Orçamento realizou nesta quarta-feira sobre a Operação Urbana Água Branca discutiu os principais aspectos do projeto, já aprovado em primeira votação, e que pretende arrecadar e investir na região R$ 2 bilhões. Entre os pontos que levantaram mais dúvidas entre os vereadores está a maneira com que o Executivo pretende garantir que sejam construídas habitações para diferentes faixas de renda na região.

A operação, no texto apresentado pela Prefeitura, estabelece a construção de Habitações de Interesse Social (HIS), reurbanização de favelas no entorno, e estímulos para edificações com unidades de 42 metros quadrados, com um dormitório. Esse modelo de imóvel foi questionado pelo vereador Paulo Frange (PTB), que acredita “não haver mercado para esses apartamentos”.

Segundo Frange, devido à valorização da região, um apartamento desses custaria cerca de R$ 300 mil. “As pessoas preferem comprar imóveis maiores, mesmo que sejam mais distantes do centro”. O parlamentar disse que o SECOVI (Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais de São Paulo) partilha da sua opinião.

O representante da Secretaria de Desenvolvimento Urbano na audiência pública, Antônio Carlos Cintra, discordou de Paulo Frange. “Vemos, até pelos lançamentos imobiliários na cidade, que há muita procura por unidades com essa metragem, seja para pessoas solteiras ou casais sem filhos”, disse.

Outro ponto questionado pelo vereador foram as moradias de interesse social, pois, segundo ele “nem uma casinha foi feita no entorno da Operação Água Espraiada”. Sobre isso, Cintra disse que as entregas estão sendo feitas e que as obras da nova operação poderão começar mais cedo, pois há recurso disponível entre o que foi arrecadado para a primeira operação no bairro.

 

Reunião Ordinária

Durante a reunião ordinária da Comissão de Finanças e Orçamento, que ocorreu antes da audiência pública, o presidente do colegiado, vereador Tripoli (PV), apresentou um balanço dos projetos tramitados e pedidos de informação feitos ao Executivo até o momento. Segundo ele, chamou a atenção a falta de resposta dos secretários a diversas indagações que foram feitas através de requerimentos.

“Temos pedidos que já passaram de 71 dias de espera, e são coisas simples”, criticou o parlamentar. “Talvez tenhamos que parar um pouco o plenário para que governo comece a respeitar o Legislativo.”, disse.

(22/05/2013 – 15h17)

 

Fonte: Câmara Municipal de São Paulo

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