Na tarde de quinta-feira, 16 de setembro, em cerimônia realizada em Brasília, o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, apresentou mudanças nos juros do crédito imobiliário e perspectivas do banco para o setor.
Participaram da cerimônia Luiz França, presidente da Abrainc (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias), Carlos Henrique Passos, presidente da Comissão da Habitação de Interesse Social (CHIS) da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção), e Rubens Menin, presidente do Conselho da Abrainc.
França ressaltou a importância da Caixa, um dos dez maiores bancos do mundo, com seus 85 mil funcionários. “O banco representa melhoria e redução dos preços dos financiamentos, para manter o mercado brasileiro forte, mas sem perder rentabilidade”, disse.
Henrique Passos destacou a importância da missão da Caixa na produção de habitação social, e lembrou que a crise da pandemia trouxe muita insegurança para o mercado. “Naquele momento, o banco saiu com toda a sua capacidade de enfrentar a crise sanitária. Hoje, parece que foi simples. Mas lá atrás, foi preciso muita coragem e sabedoria para oferecer muito mais do que nos foi oferecido naquele momento sensível”, disse.
“O banco de todos os brasileiros sintetiza tudo o esperamos. Um banco presente em todas as regiões do País, com várias ações”, falou Passos.
Rubens Menin, que é cliente da Caixa há 40 anos, disse que o setor imobiliário é ancorado no agente financeiro, que representa 67% de todo crédito imobiliário brasileiro. “Isso é fator de desenvolvimento econômico e social”, disse, ressaltando que o setor imobiliário é dependente de juros baixos.
Durante o encontro, foi destacado o investimento de R$ 300 bilhões em crédito imobiliário nesta atual gestão da Caixa.
Para Pedro Guimarães, o bom diálogo com o setor imobiliário permitiu desenvolver as inúmeras medidas de controle e diminuir os impactos da pandemia na construção civil. “Em um primeiro momento, pausamos os R$ 300 bilhões em crédito. Mas não colocarmos o pé no freio por muito tempo. Se ficássemos estáticos, o prejuízo seria de R$ 50 bilhões”, contou.
Ele disse que a conjuntura atual é sensível, com aumento de inflação, e é preciso fazer ajustes. Contudo, a Caixa emprestou mais de 560% em crédito imobiliário com recursos da poupança – SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo), do que há 10 anos. Foram R$ 9,04 bilhões em contratações pelo SBPE, até agosto de 2021. “Superamos todos os meses da história da Caixa”, disse Guimarães.
Por fim, o presidente da Caixa anunciou a redução do spread em 12% para as operações com linhas de financiamento Poupança+, que sairam de poupança+3,35% a.a., para poupança+2,95%.