Com a volta da linha Pró-cotista e o aumento do limite do teto
de financiamento de imóvel usado, mais compradores terão
acesso ao crédito imobiliário

A Caixa Econômica Federal anunciou que retomará, a partir desta terça-feira, 2/1, a linha de crédito  imobiliário Pró-cotista. Outra notícia vinda do banco é o aumento do teto para financiamento de imóveis usados, que subirá de 50% para 70%.

“Ambas as notícias são boas para dinamizar o mercado imobiliário. No que se refere à retomada do Pró-cotista, que atende basicamente pessoas de classe média, é importante destacar que os juros devem variar entre 7,85% e 8,85%, taxas que cabem no bolso do consumidor”, destaca Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi-SP.

O volume a ser liberado aos cotistas é de R$ 4 bilhões, inferior aos R$ 6,1 bilhões contratados ao longo do ano passado.

Ainda segundo o economista, o mercado de imóveis novos também deverá ser impactado positivamente pela flexibilização do teto de financiamento de imóveis usados.

“Muitas pessoas dependem da venda de um imóvel usado para comprar um novo. Com regras que facilitem o financiamento de unidades no setor secundário, esse comprador chega ao segmento de imóveis novos mais facilmente”, diz.

Para Petrucci, embora a Caixa esteja em um momento de transição em relação à sua estrutura de capital para atender às regras de Basileia 3 (acordo internacional que tem como propósito garantir solidez ao sistema financeiro), não há grandes preocupações no curto prazo.

Mercado em retomada – De acordo com o Secovi-SP, os lançamentos de unidades residenciais devem fechar 2017 com crescimento de 15% em relação a 2016. As vendas, por sua vez, devem ter aumento de 25%. 

Para 2018, Petrucci prevê que o setor deve continuar crescendo, mas de forma moderada. “Boas notícias como essas, tanto a da elevação do financiamento pra imóvel usado como a volta do Pró-cotista, melhoram índices de confiança. E confiança é a mola propulsora na decisão pela aquisição e pelo financiamento imobiliário. Com ela, empresários e consumidores se animam, movimentando mais o mercado.”