ACaixa Econômica Federal bateu recorde de financiamento habitacional esteano com a aplicação, até 28/11, de R$ 20,4 bilhões, o que corresponde a446 mil contratos e um crescimento de 60% em relação ao mesmo período de2007. Até dezembro, o banco pretende chegar a 500 mil financiamentos eR$ 22,8 bilhões. Para 2009, de acordo com o vice-presidente de Governo,Jorge Hereda, a expectativa é financiar 20% a mais.
Empréstimos com recursos do SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança eEmpréstimo) superaram R$ 9,3 bilhões e a meta é atingir R$ 10 bilhõesaté dezembro. Financiamentos com o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo deServiço) chegaram, até o momento, a R$ 10,2 bilhões. Para esta linha, aCaixa pretende fechar o ano com R$ 11,7 bilhões. Com R$ 22,8 bilhõesaplicados em habitação, o agente financeiro pretende superar os níveisde contratação dos últimos cinco anos e bater seu recorde histórico.
?Mesmo oferecendo longas condições de financiamento, osprazos contratos são de 12 anos, para FGTS, e oito anos, para SBPE?,anunciou Hereda, ao defender a segurança do sistema financeirobrasileiro. Outro aspecto destacado pelo vice-presidente foi a queda dainadimplência. ?Antes, chegava-se ao nível de 6%. Agora, não passa de4%. Isso significa, em termos de valores, 0,3% ao mês de inadimplência.?
Para 2009, a Caixa já estuda a simplificação noprocesso de concessão de financiamento e não trabalha com expectativasnegativas. ?Este ano, crescemos mais do que em 2007. Com a manutenção dacapacidade de pagamento da população e dos níveis de emprego,acreditamos que vamos superar os índices de financiamento. Trabalhamoscom crédito para no mínimo 12 anos, por isso, vamos continuar otimistase com o compromisso de manter inalterados os nossos produtos para,assim, aumentar a participação do banco em habitação?, ressaltou Hereda.
Durante a apresentação do balanço da Caixa, dia 2/12,foram assinados os primeiros contratos da linha específica para capitalde giro para as empresas incorporadoras. Golfarb e MRV obtiveram R$ 4milhões de financiamento ? R$ 2 milhões para cada uma. Em outraslocalidades do país, mais R$ 70 milhões foram contratados por outrasempresas no mesmo dia. ?Se for necessário, vamos liberar mais R$ 1bilhão para esta linha de crédito?, anunciou Hereda.
Ovice-presidente do Secovi-SP, Flávio Prando, apoiou a postura otimistada Caixa, um dos únicos bancos que não alterou as taxas de juros quandoa crise financeira internacional apresentou os primeiros reflexos nomercado nacional. ?Alguns bancos privados dificultaram a atuação domercado; já a Caixa mostrou-se parceira. O setor não vai parar, porquehá demanda, principalmente da classe C.?