Com o mapeamento do déficit habitacional da CDHU, são favorecidas
as programação de investimentos e a definição de prioridades

Desde janeiro do ano passado, a Secretaria de Estado de Habitação e a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) trabalham no mapeamento de assentamentos precários das regiões metropolitanas de São Paulo, Baixada Santista e Campinas, em conjunto com os 68 municípios envolvidos. Inédito, o levantamento permitirá ações específicas e direcionadas à solução de problemas habitacionais. Assentamentos precários são áreas que se apresentam na forma de favelas, loteamentos ou empreendimentos habitacionais de interesse social irregulares, cortiços e similares.

Segundo a Secretaria Estadual da Habitação, o déficit habitacional da Baixada Santista gira em torno de 100 mil moradias, mas os números mais atualizados devem ser conhecidos no final do ano, quando está previsto o término do levantamento. “A ideia de que tudo é déficit não está adequada, e leva a uma visão equivocada de que esse número, para ser reduzido, demande construções novas. Com a finalização desses, será possível detectar o déficit existente nestes núcleos que, de fato, demandam novas moradias”, explica a superintendente de Planejamento Habitacional da CDHU, Maria Claudia Pereira.

Segundo ela, com o diagnóstico será possível aos municípios identificar os problemas habitacionais, o que favorece a definição de prioridades e a programação de investimentos. “A partir da qualificação de cada assentamento, é possível prever e aprimorar soluções”, salienta. 

O diretor Regional do Secovi na Baixada Santista, Carlos Meschini, ressalta a importância desse tipo de análise para a região. “Conhecer o déficit habitacional de nossas cidades é indispensável para o planejamento de políticas públicas, ainda mais quando se está em jogo um item tão sensível para a população como é o caso da moradia”, afirma.