A Pesquisa de Valores de Locação Residencial, divulgada mensalmente pelo Secovi-SP, registrou o aumento de 3,12%, considerando o acumulado de julho de 2020 a junho de 2021. O índice ficou bem abaixo do IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado), medido pela Fundação Getúlio Vargas, que no mesmo período registrou variação de 35,75%. O valor médio dos novos contratos de locação residencial permaneceu praticamente estável em junho na cidade de São Paulo, com evolução de 0,20%.
“O valor do aluguel tem apresentado estabilidade nos últimos dois meses, após uma ligeira queda em abril. Esse comportamento proporciona maior estabilidade para o acumulado do índice, e comprova que o reajuste dos aluguéis pelo IGP-M não está sendo repassado na grande maioria dos contratos vigentes”, avalia Adriano Sartori, vice-presidente de Gestão Patrimonial e Locação do Secovi-SP.
Todos os valores médios dos imóveis aumentaram no mês de junho. A maior alta foi percebida nos imóveis de 3 dormitórios, com elevação de 0,40% no mês.
O fiador foi o tipo garantia mais frequente entre os inquilinos, respondendo por 45,5% dos contratos de locação realizados. O depósito de três meses de aluguel foi a segunda modalidade mais usada – aproximadamente 39,0% escolheram essa forma de garantia. O seguro-fiança foi o tipo de garantia pedido por 15,5% dos proprietários.
O IVL (Índice de Velocidade de Locação), que avalia o número de dias que se espera até que se assine o contrato de aluguel, indicou que o período de ocupação foi de 30 a 81 dias. Os imóveis alugados mais rapidamente foram as casas e os sobrados, com IVL de 30 dias a 57 dias. Os apartamentos tiveram um ritmo de escoamento mais lento, com 32 dias a 81 dias de IVL.
Metodologia – A Pesquisa de Locação Residencial é elaborada pelo Secovi-SP e visa monitorar o comportamento do mercado de aluguéis na capital paulista. As informações estão disponibilizadas em valores por m² (área privativa de apartamentos e área construída de casas e sobrados) e estão organizadas em oito grandes regiões: Centro; Norte; Leste (dividida em duas: zona A – que corresponde à área do Tatuapé à Mooca; zona B – outros bairros dessa área geográfica, como Penha, São Miguel Paulista etc.); Oeste (segmentada em duas: zona A – Perdizes, Pinheiros e vizinhanças; zona B – bairros como Butantã e outros); Sul (dividida em duas sub-regiões: zona A – Jardins, Moema, Vila Mariana, dentre outros; zona B – bairros como Campo Limpo, Cidade Ademar etc.).
Os dados estão dispostos em faixa de valores por metro quadrado, por número de dormitórios e por estado de conservação.
Por exemplo, um imóvel de 3 quartos na zona Norte, em bom estado, possui aluguel médio por m² de R$ 21,93 enquanto para os imóveis com conservação regular sai a R$ 19,62 o m². Uma moradia de 90 m² nessa região tem o valor de sua locação entre R$ 1.765,80 e R$1.973,70.
Nos bairros da área Sul – zona A, como Jardins, Moema e Vila Mariana, moradias de 2 dormitórios, em bom estado, possuem valores médios de locação de R$ 34,93 o m2 de área útil ou construída. Já os imóveis em estado regular, saem a R$ 31,38 o m2. Assim, um imóvel com área em torno de 70 m² na região tem aluguel entre R$ 2.196,60 e R$2.445,10.
Confira a íntegra da Pesquisa de Locação do Secovi-SP.