O sonho da casa própria está cada vez mais perto de ser realizado. De um lado, o trabalhador conta com um aumento da renda e com melhores oportunidades de trabalho. De outro, as condições nunca estiveram tão favoráveis para a obtenção de financiamentos: diversas linhas de crédito e programas que contribuem para que esse sonho seja possível. Uma divulgação feita em fevereiro pelo Banco Central mostrou que as operações de crédito direcionadas para a habitação no segmento de pessoa física cresceram 2%, totalizando R$ 266,491 bilhões. Mas ainda é muito comum surgirem dúvidas sobre o melhor a se fazer quando o assunto é comprar ou alugar um imóvel. 
 
O Secovi-SP (Sindicato da Habitação) orienta que a decisão de residir em casa própria ou alugada deve ser tomada de acordo com a situação financeira e o estilo de vida de cada família. As duas opções têm muitas vantagens, porém, independente da escolha, é preciso levar em consideração se o imóvel atende às necessidades pessoais, como a renda, qualidade de vida e se o valor pago não vai comprometer as outras necessidades que a família possui. De acordo com Rodrigo Coelho, diretor de Compra e Venda da Regional do Secovi-SP em Campinas e diretor da Dimarzio Imoveis, “o interessado em comprar ou alugar um imóvel deverá avaliar, além de sua capacidade financeira, seu planejamento de vida a médio e longo prazo.”
 
Se a opção for alugar, a vantagem está no fato de que a família pode “experimentar” o local a um preço mais acessível, sem ter a necessidade de arcar com um compromisso por mais tempo. O Sindicato ressalta que, com uma prestação mais baixa, a família pode utilizar o valor que seria destinado à compra para fazer outros investimentos, tais como em caderneta de poupança, educação, previdência privada, entre outros.  Além disso, alugar um imóvel pode representar menos compromisso com custos de contrato e com condições de mercado. Coelho ressalta, ainda, que “a locação é muito indicada para os executivos transferidos para trabalhar temporariamente em outras localidades. O mesmo ocorre com os universitários, que deixam suas cidades de origem para estudar em outros municípios.”
 
Já se a opção for comprar, o Secovi-SP explica que a vantagem é que todo o esforço para pagar as prestações garantirá um patrimônio real para a família. Com a redução dos juros para a habitação e a ampliação dos prazos de financiamento, esta tem sido uma decisão de muitos brasileiros nos últimos anos. Programas governamentais como o “Minha Casa, Minha Vida”, que incentivam a compra do primeiro imóvel, têm sido uma boa opção. Além disso, é possível usar o saldo do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço)  na aquisição do imóvel. Mas, de acordo com o Sindicato da Habitação, o valor da prestação do financiamento da compra de um imóvel não deve exceder a 30% da renda da família. “Aqueles que têm intenção em se estabelecer em determinado local encontram atualmente uma farta oferta de crédito imobiliário, que torna viável a compra de imóveis pelas diversas camadas sociais. Hoje, mais do que nunca, o sonho do imóvel próprio, seja para moradia ou para trabalho, está ao alcance de muitos brasileiros”, afirma o diretor.
 
Quando a pessoa possui o dinheiro para adquirir o imóvel à vista, a compra pode ser a melhor opção. Contudo, a decisão de alugar ou comprar depende do mercado, do local e das condições de investimento. Por isso, o ideal é ficar informado para aproveitar as melhores oportunidades que surgirem. “A conjuntura econômica do País é fator preponderante para quem pretende comprar ou alugar um imóvel. Uma economia estável, com boa oferta de crédito, inflação controlada, baixo índice de desemprego, como atualmente vivemos, favorece a expansão do mercado imobiliário”, conclui Coelho.
 
A fim de orientar os compradores, o Secovi-SP lançou no final de 2012 a Cartilha da Compra Segura, que traz importantes informações, dicas e esclarecimentos de como deve ser conduzida a aquisição imobiliária, com segurança jurídica e financeira do negócio, e preservação das condições de escolha do imóvel que melhor atenda às necessidades pessoais. A cartilha está disponível para consulta no portal www.secovi.com.br.