Jair Mahl, da Caixa, e Celso Petrucci, do Secovi-SP e da CBIC, participaram do
 painel sobre o panorama do mercado imobiliário.

Dados dos segmentos de vend​as, lançamentos, crédito imobiliário, entre outros, foram apresentados em painel no segundo dia (24/8) da Convenção Secovi 2021, com a participação de Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi-SP e vice-presidente da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção), e Jair Mahl, vice-presidente da Caixa.

Petrucci mostrou dados macroeconômicos como PIB, taxa Selic, entre outros, observando que, “desde meados do ano passado, a maioria dos índices se desequilibraram, mas devem se ajustar no próximo ano”. Ele destacou a importância da indústria imobiliária para a economia, para a geração de emprego e atendimento à demanda por habitação.

“Não existe um sistema de habitação mais saudável que o brasileiro. Porque já passamos por diversas crises e a inadimplência do crédito imobiliário nunca passou de 2%. O brasileiro preza muito o imóvel. Ele deixa de pagar outras coisas, mas não deixa de pagar a prestação da casa”, afirmou Petrucci.

O vice-presidente da Caixa, Jair Mahl, reiterou o crescimento dos contratos imobiliários nos últimos anos. Segundo ele, “não é a taxa de juros que sustenta o mercado, mas sim o acesso fácil ao crédito imobiliário”, disse, informando que a Caixa está mantendo a inadimplência do crédito imobiliário em “patamares aceitáveis”.

“Em junho, assinamos R$ 13,1 bilhões em contratos de crédito imobiliário, o maior valor mensal”, disse Mahl, ressaltando que a Caixa tem “ouvido as construtoras”. Questionado sobre perspectivas para 2022, o vice-presidente afirmou que o banco público irá suportar o crescimento necessário para atender às construtoras e incorporadoras.

Lançamentos

Também vice-presidente da CBIC, Celso Petrucci apresentou dados do mercado imobiliário, com base na pesquisa realizada em 162 mercados no País.

Segundo ele, no primeiro semestre deste ano, os lançamentos imobiliários cresceram 57,2%, em média. Em algumas regiões, como o Nordeste, houve o crescimento de 112%. Foram vendidas 127 mil unidades no País.

Petrucci destacou o mercado paulistano, informando que a cidade de São Paulo, o maior mercado imobiliário da América Latina, está lançando, em média, 30 empreendimentos por mês. “Temos empresas competentes, empresários persistentes, tecnologia abarcada e produtividade em obra.”