“O setor imobiliário ainda é bastante analógico. O nosso negócio é tijolo, terreno, cimento. Mas, já existe um oceano de soluções inovadoras e precisamos dessas ferramentas para otimizar o nosso processo e melhorar o dia a dia das nossas empresas.”
A afirmação é do empresário Rodrigo Abrahão, coordenador geral do Núcleo de Empreendedorismo e Inovação do Secovi-SP, que moderou os debates do painel “Incorporando a Inovação” na Convenção Secovi 2023, realizado na tarde de segunda-feira (21/8), em São Paulo.
Cristina Penna, CEO da Dataland, concordou que o mercado imobiliário ainda é muito conservador. “Dentre todos os setores em que já trabalhei, a indústria da construção é o mais desafiador”, disse, relatando um pouco da sua trajetória profissional em bancos, seguradoras e varejo, até a fundação da startup Dataland que, segundo ela, foi criada com o propósito de potencializar as ocupações urbanas por meio da ciência de dados e resultou no Mapa Secovi, desenvolvido em parceria com o Secovi-SP.
Diretor de operações financeiras, tecnologia e inovação da Plano & Plano, Leonardo Araújo contou que a inovação foi evoluindo dentro da empresa com a identificação das oportunidades. “Percebemos que algumas áreas começaram a buscar soluções por si próprias, independente da área de tecnologia. Várias iniciativas foram surgindo de forma isolada em algumas áreas. Foi aí, que resolvemos coordenar e estruturar as soluções para potencializá-las na empresa”, relatou Araújo, acrescentando que “com pequenas iniciativas, é possível criar a cultura de inovação dentro da empresa.”
Na opinião de Lucas Junqueira, gestor de Produtos Digitais & Inovação na MRV&CO, são necessários três atributos para a empresa embarcar efetivamente na transformação digital e inovação: vocação digital, fundamentos consolidados e destreza dos profissionais para atuar com inovação.
“Agora estamos firmes nessa jornada de transformação digital e inovação e conseguimos estruturar melhor os orçamentos necessários para os projetos caminharem, ter as pessoas focadas nos exercícios da inovação e implantar os processos, que são necessários para conseguir os resultados”, salientou Junqueira.
Antonio Freitas, da startup Terreno Livre, acredita que, a partir da mudança mentalidade, é possível fazer a adoção de tecnologia, disse, chamando a atenção para o custo de não fazer. “Neste sentido, as startups podem ajudar muito as empresas”, garantiu o empreendedor.
Lucas Junqueira, da MRV&CO, disse que é importante encontrar um entusiasta em inovação dentro da empresa e conectá-la com ecossistema. “Esse é um bom começo”, indicou. Além disso, é importante lançar desafios para os colaboradores buscarem soluções externas. “É importante dar asas aos entusiastas”, complementou Leonardo Araújo.
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