Em palestra na Convenção Secovi, intitulada “Análise Comparativa do Mercado Imobiliário Brasileiro”, dia 25/9, integrantes do Grupo Internacional do NE (Novos Empreendedores do Secovi-SP) defenderam a padronização de informações do mercado imobiliário. “Sem um padrão fica difícil classificar os dados”, afirmou Helena Camargo.

Sob a coordenação de Robert Willian, o grupo apresentou informações obtidas em estudo estatístico com dados macros e microeconômicos de vários países, incluindo o Brasil, apontam a necessidade de padronização de dados do mercado imobiliário para análises mais precisas.

Carlos Della Libera falou brevemente sobre a crise do subprime nos Estados Unidos e traçou uma análise comparativa com o Brasil. “Em quatro anos, a disponibilidade crédito ao consumidor aumentou cerca de 40%” no Brasil”, disse, acrescentando que “aqui as regras são mais rígidas de financiamento e estruturas de securitização mais conservadoras.”

Em seguida, Guilherme De Lucca fez uma breve apresentação dos dados econômicos coletados em vários países, como taxa de juros, vacância, déficit habitacional, números de imóveis residenciais e comerciais, entre outros.

“A nossa proposta é buscar informações para, em uma página, saber se é o mercado ideal para investir ou se é preciso dados mais aprofundadas, antes de colocar o seu dinheiro lá. E fazer uma referência com outros comparativos para tornar mais uniformes e poder rankear para podermos saber no que o Brasil precisa melhorar, por exemplo”, afirmou De Lucca.

Segundo ele, muitos dados estão disponíveis na internet, mas é preciso confirmar se são, efetivamente, fiéis à realidade. “Por mais que a gente tente usar fontes seguras, muitos dados são de sites. Então, as informações têm uma ressalva”, destacou Helena. “A idéia é que futuramente as atualizações dos dados sejam feitas por órgãos em cada país, que se responsabilize pela credibilidade desses dados. Esse é um trabalho difícil, mas é possível”, completou Della Libera.

Veja mais fotos da palestra na Galeria de Fotos.