Nos próximos anos, haverá uma grande revolução tecnológica que afetará de forma abrangente a atuação dos profissionais do mercado imobiliário. Dispositivos móveis com as mesmas capacidades de um smartphone, porém, ainda mais portáteis – como relógios inteligentes – e com preços acessíveis (não chegam a R$ 50,00); o espraiamento da computação pervasiva, que é presente em todos os momentos da vida das pessoas (carros e casas inteligentes, por exemplo); foram alguns dos exemplos debatidos em evento realizado pela Rede Imobiliária Secovi na noite de 17/11, com a presença de representantes de diversas empresas de tecnologia.

Participaram do debate: Claudia Ferraz, da AC Soluções Digitais; Renato Tamada, da Basis Sistemas; Arnaldo Cavalcanti, da Smart Solutions; Elerson Leonardo da Guess Soluções Tecnológicas; Pielurgi Clini, da Union Softwares; Marcelo Okuma e Natalia Atanasov, da Gosoft; e Fernando Lemos, do projeto Tecnologia Para Todos.

“A profissão de corretor de imóveis não vai acabar. O que vai mudar é que os corretores que se mantiverem distantes das novas tecnologias dificilmente sobreviverão”, disse Guilherme Ribeiro, diretor de Marketing da Rede Imobiliária Secovi. Segundo os debatedores, a intermediação continuará sendo fundamental para a realização de bons negócios, no entanto, o corretor, terá de mostrar diferenciais em seu atendimento. “A partir do ano que vem, as empresas da Rede Imobiliária poderão contar com o Big Data Secovi”, anunciou Ribeiro, em relação a uma nova ferramenta que fornecerá informações estratégicas de mercado ao corretor para auxiliá-lo na consultoria que presta aos clientes. “É um passo que estamos dando, para que os nossos corretores saibam mais e tenham mais conhecimento do que o cliente empoderado pela internet”, complementou o diretor da Rede.

Inbound marketing – Boa parte das discussões foi focada em como as imobiliárias podem trabalhar melhor os leads recebidos pela internet. “O inbound marketing visa a educar o consumidor para que ele a entrar no site da empresa por meio de conteúdos ricos”, explicou Claudia Ferraz. Como exemplo, a especialista mencionou empresas que têm blogs com informações úteis às pessoas para as quais pretendem vender algum tipo de serviço ou produto. “O inbound pega o cliente no começo do funil da venda e o trata até o fim”, acrescentou.

Uma das grandes vantagens de trabalhar com o inbound é o fato de não precisar despender muitos investimentos. Na publicidade, lembrou a especialista, “você é do tamanho do seu bolso, no inbound, você é do tamanho do seu cérebro”.