Um dos versos da música “Dançar para não dançar”, de Rita Lee, diz “dance, dance, dance; gaste um tempo comigo; não, não tenha juízo; dê-se ao luxo de estar sento fútil agora…”.
Na opinião da bailarina e coreógrafa Fernanda Chamma, não há nada de fútil em dançar. Ao contrário, “dança é vida e não há idade para começar a mover o corpo. Quando se impõe limites de que a dança é para poucos, trata-se a arte com discriminação e preconceito. No teatro musical as pessoas mostram o melhor de si. É uma ação cultural espontânea e possível a todos”, explicou.
Ela, que sempre buscou o diferencial em sua carreira – a bailarina trabalha com teatro musical -, cumprimentou o Secovi-SP por esta iniciativa cultural, que classificou como “inteligente”. Conforme Fernanda, o diferencial traz resultados, mesmo que mínimos. “A coragem de o Secovi realizar a festa do Master Imobilário 2007 destacando o show com música e dança fez do espetáculo um momento de arte com alegria. Os bailarinos passaram por momentos inesquecíveis, porque a energia liberada para a platéia presente no Monte Líbano voltava triplicada”, ressaltou Fernanda.
Para ela, é muito produtivo o movimento de o empresário, que sempre foi patrocinador, demonstrar interesse em unir e apresentar opções de movimento, trabalho conjunto, manifestação de arte no ambiente corporativo. “Isso permite a reflexão sobre o que é bem-estar durante o trabalho diário.”
Como é dançar dentro da empresa? – Fernanda Chamma disse que é possível implantar na empresa a cultura de montar grupos para freqüentar espetáculos ou então praticar dança no horário do almoço ou fim do dia.
Ela contou que fez, há oito meses, uma palestra para os executivos da Bolsa de Valores de São Paulo sobre a dança como atividade cultural e forma de liberar a adrenalina diária. Como resultado do encontro, foi criado um programa de atividades de hip-hop e dança de salão no pregão. “A dança diverte, estimula a interação entre as pessoas, a sociabilidade. Leva diversão e proporciona a liberação de endorfinas”, enfatizou.
Pequenas ações, como a palestra do Secovi Convida, estimulam a ação criativa, na opinião de Fernanda. “É fazer arte com emoção. Realizar a brincadeira de arte, onde tudo é possível, sejam quais forem os propósitos. Ação sem medo de ser feliz. Isso traz diferença para a vida.”
Em sua avaliação, agora o Brasil começa a investir no show e cria, com isso, a oportunidade de gerar milhares de empregos, além de permitir o intercâmbio cultural. “Arte para todos, independente da idade e da classe social. Isso é importante. Podemos sempre fazer arte”, concluiu.
No final, seis bailarinos apresentaram três ritmos de dança de salão e o Secovi transformou-se em um grande salão de baile.
Secovi Convida – O primeiro encontro cultural do programa Secovi Convida aconteceu dia 27/4, domingo, no final da tarde. O conselheiro do Sindicato e entusiasta da iniciativa, Paulo Germanos, lembrou da cerimônia de premiação do Master Imobiliário 2007, que apresentou o tema “O mercado imobiliário dança conforme a música”.
Jacob Werebe, encarregado das ações culturais da entidade, afirmou que a dança é a manifestação de arte que inspira reflexões e atitudes sem fazer uso das palavras. “É possível ser mais feliz com a dança”, opinou.
Germanos lembrou que o Secovi Convida também tem o caráter de apoiar as ações do Ampliar, revertendo a renda arrecada e os agasalhos em benefício do projeto social.
Para o presidente do Secovi-SP, João Crestana, o Secovi Convida proporciona a convivência fraternal entre os empresários e seus familiares. “Além disso, queremos dar fôlego ao Projeto Ampliar, que há 16 anos atua sob o comando de Maria Helena Mauad, pioneira em responsabilidade social no setor”, destacou o dirigente.
Pé quente, cabeça fria – Durante o evento, foi lançada a edição 2008 da campanha de arrecadação de agasalhos Pé Quente São Paulo, do Ampliar. A presidente da ONG, Maria Helena Mauad, lembrou que este é o sexto ano da iniciativa e que a intenção é superar o volume de 11 mil peças arrecadadas no ano passado, assim como antecipar a campanha para evitar que o inverno chegue antes da ajuda àqueles que precisam.
Ela ressaltou a importância do apoio da vice-presidência de Administração Imobiliária e Condomínios do Secovi-SP, pois incentiva os condomínios da capital e do interior a funcionarem como postos de coleta.
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