O mercado de imóveis novos residenciais na cidade de São Paulo iniciou 2009 com desempenho de comercialização de 5,5%, medido pelo indicador Vendas Sobre Oferta (VSO). Ou seja, em janeiro, de cada mil unidades em oferta, 55 foram comercializadas. Historicamente, os dois primeiros meses do ano costumam registrar redução no ritmo de vendas.
O índice VSO integra a Pesquisa sobre o Mercado Imobiliário, desenvolvida mensalmente pelo Secovi-SP, que apontou, em janeiro, a comercialização de 1.113 imóveis residenciais – total 20,3% inferior ao contabilizado no mesmo mês de 2008 (1.397 moradias).
Mais de 83% do total escoado no primeiro mês do ano foi representado pelos segmentos de dois e três dormitórios, com 440 e 485 unidades, respectivamente. Apesar da superioridade do segmento de três dormitórios em termos de unidades (43,6% contra 39,5% do nicho de dois quartos), o ritmo de comercialização de dois dormitórios foi melhor no mês, com VSO médio de 13,1% – frente aos 6,4% verificados no mercado de três dormitórios.
O forte desempenho de comercialização das unidades de dois dormitórios ocorre porque a oferta neste segmento é consideravelmente inferior à do nicho de três quartos: 3,3 mil contra 7,4 mil, respectivamente.
“Dos imóveis negociados em janeiro, 71,7% estavam na fase de lançamento, ou seja, nos primeiros seis meses de oferta a partir do momento em que o produto foi colocado no mercado”, afirma o vice-presidente de Tecnologia e Relações de Mercado do Secovi-SP, Alberto Du Plessis Filho. O período de lançamento caracteriza-se, principalmente, por concentrar esforços de promoção e divulgação do empreendimento.
De acordo com a Empresa Brasileira de Estudos sobre Patrimônio – Embraesp, o volume de unidades lançadas em janeiro foi de 382 moradias, 46,6% inferior ao registrado em janeiro de 2008.