Representantes da indústria da construção em audiência com Michel Temer. Em
pauta, o destravamento do setor. Crédito: Alan Santos/PR

Nesta quarta-feira, 6/12, o economista-chefe do Secovi-SP e presidente da Comissão da Indústria  Imobiliária da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção), Celso Petrucci, participou de audiência com o presidente da República, Michel Temer. 

Em pauta, pontos de relevância para a atuação do mercado. “O setor imobiliário e a indústria da construção são decisivos para o crescimento do País. Para que a retomada da economia seja vigorosa, entretanto, precisamos de mecanismos que dê segurança jurídica e previsibilidade aos empresários”, pontua Petrucci.

De acordo com o Banco Central, o PIB da construção deve cair 5% neste ano. Considerando que o setor representa 10% do PIB nacional, se a queda projetada pela instituição se consumar, o impacto será de 0,5% no crescimento do País.

“Para se ter uma ideia da relevância de nosso mercado, basta fazer uma conta simples. Se a indústria da construção, em vez de ter queda, ao menos ficasse estagnada, com zero de crescimento, o PIB do Brasil já teria incremento de 1,2%”, explica o economista.

Dentre os pleitos apresentados a Temer estão a solução para os distratos e o funding para financiamentos imobiliários.

Em relação aos rompimentos unilaterais de contratos por parte dos compradores de imóveis, discutiram-se possibilidades para que a enxurrada de quebras contratuais havidas nos últimos anos não se repita.

No tocante ao funding, Petrucci alertou que os recursos estão bastante limitados para 2018. “A única possibilidade futura de recursos que possam suportar um crescimento de mercado são as LIGs (Letras Imobiliárias Garantidas), ainda sem previsão de ser colocada no mercado. Pontuamos que a chegada desse instrumento deve ser à taxa de um dígito, acessível a todos”, diz.