100 Dias de Governo – Impactos para a habitação

Na manhã desta terça-feira, 2/4, representantes de entidades do setor imobiliário, dos governos municipal, estadual e federal, da Caixa Econômica Federal e de bancos privados fizeram um balanço dos 100 Dias de Governo – Impactos para a habitação, em evento realizado pela Abrainc (Associação Brasileira das Incorporadoras Imobiliárias) em parceria com o Secovi-SP.

Na abertura, Luiz França, presidente da Abrainc, destacou a importância da nova previdência para iniciar “a construção de um novo e promissor País” e aproveitou para anunciar que 32 entidades do setor, representantes de 10% do PIB (Produto Interno Bruto), assinaram manifesto favorável à aprovação rápida da reforma da previdência.

Rubens Menin, presidente do Conselho de Administração da MRV, reforçou a intenção de o setor usar todos os meios republicanos para o País voltar a crescer e oferecer moradia a 35 milhões de famílias nos próximos anos.

Em seguida, o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, reforçou que o agente financeiro adotou uma agenda positiva, que inclui revisar o Minha Casa, Minha Vida e estimular o financiamento de capital de giro.

Reforma da previdência – O prefeito de São Paulo, Bruno Covas, retomou o tema de aprovação da reforma da previdência e lembrou que o seu governo já fez a “lição de casa”, aprovando a reforma previdenciária do funcionalismo público municipal.

Governador João Doria defendeu a aprovação rápida da nova previdência

Na mesma linha de defesa, o governador João Doria falou da importância de as entidades e os cidadãos defenderem com coragem a aprovação da nova previdência ainda no primeiro semestre do ano. “A proposta apresentada fortalece um governo liberal e estimula a volta, em larga escala, de investidores internacionais”, enfatizou o dirigente.

Moradia para todos – No painel “Atuação dos governos para habitação popular”, o presidente do Secovi-SP, Basilio Jafet, falou da importância de o setor não se omitir das decisões dos grandes temas que envolvem os rumos do País. “A falta de teto agrava as desigualdades sociais”, enfatizou.

O dirigente do Sindicato da Habitação deu exemplos de nações que usaram a criatividade na solução da falta de moradia, como Canadá e França, que oferecem locação social para os sem-teto, e Londres, que promoveu um concurso para arquitetos apresentarem soluções para o déficit habitacional da cidade. O projeto escolhido foi de investir em retrofit para oferecer 630 mil unidades habitacionais.

Jafet destacou, ainda, a necessidade de aprovar o quanto antes o projeto da nova previdência e falou da mobilização das 26 entidades do Movimento Reformar para Mudar nesse sentido.

“A falta de teto agrava as desigualdades sociais”, Basilio Jafet do Secovi-SP

O secretário Estadual de Habitação, Flavio Amary, falou a seguir e disse que o foco do seu trabalho é incentivar a produção imobiliária pelo setor privado, a partir da construção de soluções para simplificar a aprovação de projetos, unindo Estado e municípios com outros órgãos de licenciamento, como o Conpresp e Condephaat. “Combater o déficit habitacional vai além de construir casas. Temos de desburocratizar”, conclui Amary.

Debates – O jornalista William Waack mediou o painel “Impactos e medidas para a retomada do setor de incorporação”, ressaltando que crise fiscal significa crise social. “Isso que estamos vivendo no Brasil”, disse.

Participaram dos debates Jair Mahl, vice-presidente da Caixa, Rodrigo Osmo, presidente da Tenda, Celso Matsuda, Secretário Nacional de Habitação, e Gustavo Alejo Viviani, do Santander.

Com moderação do jornalista Marcelo Cosme, o painel “A empregabilidade e os efeitos multiplicadores nos elos do setor” teve a presença de Caio Megale, secretário de Desenvolvimento da Indústria, Comércio, Serviços e Inovação da cidade de São Paulo; Bira Freitas, presidente da Tegra; Otto Von Sothen, presidente da Abramat; e Jefferson de Paula, CEO da ArcelorMittal.

Confira o vídeo A Nova Reforma da Previdência

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