Casos de sucesso utilizando técnicas e tecnologias avançadas, bem como novos materiais, foram apresentados na tarde de 27/9, durante a Convenção Secovi, que acontece no Anhembi. “Novidades e Insumos e de Tecnologia” foi o tema de palestras coordenadas pelo membro da vice-presidência de Tecnologia e Relações de Mercado do Sindicato, Marcos Velletri, com apresentações de Erivelto Mussio, arquiteto da Casa Prática, e de Geraldo Antonio Cesta, diretor da Rodobens Negócios Imobiliários.

Mussio traçou um paralelo entre as culturas construtivas tradicional e as mais avançadas. Segundo ele, o dry wall, por exemplo, é de origem industrial, mas grande parte é feita na obra. Ao final do processo, necessita de acabamento para impermeabilização das paredes.

Os compósitos proporcionam transferência de tecnologia para peças de automóveis e caminhos, equipamentos agrícolas, possibilitando economia de combustível. “Esse tipo de tecnologia já oferece solução tão boa quanto outros materiais – ou melhor”, disse. Acrescentou que o termo casa de plástico é utilizado de forma pejorativa e explicou que os painéis são compostos por uma resina de poliéster reforçado com fibra de vidro.

Conforme Mussio, o processo de implantação ocorre em quatro dias: no primeiro, é feita a estrutura; no segundo, ocorre a fixação das paredes; no terceiro, é colocado o telhado; e no quarto dia resta apenas o acabamento.

“O grande diferencial é que os painéis não precisam de revestimento nem serem montados na obra. Já são pré-dimensionados, o que garante a agilidade no processo”, destacou.

O MVC (wall system) reduz custo e tempo, além de ser isolante acústico e proporcionar conforto térmico. “O produto passou por testes de resistência ao fogo, ao som e a furacões.”

Mussio fez ainda um histórico sobre o produto, cuja pesquisa e o desenvolvimento começaram em 2003, passou por homologação um ano depois e teve a divulgação iniciada em 2005, com foco no mercado externo. No Brasil, foi necessário a quebra de alguns paradigmas, mas já houve avanços importantes, segundo ele. Informou ainda que a produção se restringe aos painéis e estruturas metálicas e que o material de acabamento (porta, janela, etc) estão no mercado.

Sistema diferenciado

“A necessidade de atender novos nichos de mercado levou a empresa a desenvolver sistemas diferenciados”, afirmou o engenheiro Geraldo Antonio Cesta, da Rodobens. Em 1991, criou o Sistema Fácil, estabelecendo parcerias em São Paulo, no Interior e em outros Estados. Desenvolveu projetos e um programa de financiamento para aquisição de seus produtos (a partir de R$ 120 mil), num mercado concorrido e com demanda pulverizada.

Em 2006, para atender a uma fatia do mercado interessada em imóveis a partir de R$ 60 mil, começou a desenvolver outro produto, com projeto urbanístico, financiamento e sistema construtivo adequado. O projeto se concretizou em janeiro de 2007, com a abertura de capital da empresa. Trata-se do Terra Nova, concepção diferenciada de imóvel e sempre em condomínios. Foco da empresa é no mercado interessado em imóveis de até R$ 120 mil.