Amary, Etchegoyen e Chap Chap, em encontro do 
Núcleo de Altos Temas

Em reunião do Núcleo de Altos Temas do Secovi-SP (NAT) realizada dia 23/10, o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, general Sérgio Etchegoyen, falou sobre as eleições deste ano e o conturbado ambiente político atravessado pelo País.

“Precisamos encontrar o caminho da conciliação. Não vamos evoluir se, saindo dessas eleições, não encontrarmos os pontos de convergência”, assinalou.

Segundo o general, os brasileiros têm maturidade para esse processo. Em grande medida, isso se deve à fé que depositam nas instituições. Exemplo disso foram os traumáticos processos de impeachments recentes na história da redemocratização. “Não foi nenhum militar com armas que conduziu o processo. Foram as instituições estabelecidas democraticamente que resolveram [a questão]”, disse, em comparação com o que houve em 1964 – deposição de João Goulart.

Ambiente pós-eleições exigirá conciliação, se-
gundo ministro-chefe do GSI

Ajuda aos venezuelanos – Etchegoyen também apresentou algumas das ações que o governo federal tem feito para dar refúgio a venezuelanos. Dentre elas, destacam-se a construção de diversos abrigos e o escoamento de refugiados para outras cidades e Estados brasileiros, bem como o fornecimento de alimentação. “Hoje, servimos mais de 30 mil refeições por dia”, afirmou. 

Para ele, a crise naquele país representa uma instabilidade na América do Sul. “Há uma multidão de famélicos invadindo nossa fronteira, e justamente na parte mais remota e sem infraestrutura para recebê-los”, assinalou. “Temos de cuidar dos venezuelanos. Por muitos anos, apoiamos o regime bolivariano que os conduziu a essa situação. Temos uma boa dose de responsabilidade nessa história”, adicionou o general, fazendo mea-culpa. Ressaltou ainda que, independentemente de quem apoiou o governo Chávez-Maduro, o fez na condição de autoridade constituída do Brasil.

Para general, Brasil tem boa dose de res-
ponsabilidade na crise venezuelana

Ações de segurança – O general lembrou que, pela primeira vez, o governo federal trouxe para si

responsabilidades de segurança pública que, antes, recaíam basicamente nos ombros das cidades e dos Estados.

A intervenção federal no Rio de Janeiro foi usada como vitrine por Etchegoyen. De acordo com ele, desde o início do processo, foram adquiridas 3,6 mil viaturas para a polícia local, mais de 24 mil coletes, 7 mil equipamentos de proteção individual e 1,1 milhão de munições.