Nesta sexta-feira (19/9), a Fiabci/Brasil e o Secovi-SP, por meio do NE, promoveram reunião empresarial com a participação do ministro de Vivienda, Construcción y Saneamiento do Perú, Enrique Cornejo Ramírez, que falou sobre o momento atual de seu país e destacou as oportunidades imobiliárias no Peru.
“O Peru oferece uma extraordinário oportunidade de investimento e este é bom momento para aproveitar essa oportunidade”, destacou o ministro Enrique Cornejo Ramírez. Segundo ele, a economia peruana está em seu oitavo ano de crescimento consecutivo. “O nível de crescimento no ano passado foi de 9%. Este ano, vamos crescer a 9% e no próximo ano decidimos que vamos crescer 7%”, revelou o ministro, explicando que essa diminuição é para que o crescimento não seja acompanhado da inflação. “Queremos que esse crescimento se mantenha por 20, 30 anos. Essa é a aposta”.
Construção – O ministro disse que o crescimento do setor de construção está em 16%. “O setor de construção é um termômetro. Pois não há nenhum setor produtivo que não passe pelo setor da construção. A construção avisa se as coisas vão bem e mal”, sentenciou.
O Peru tem um déficit de 1,5 milhão de moradias. “Necessitamos de 300 mil moradias e 1,2 mil moradias que precisam ser melhoradas, mudadas de lugar, pois muitas delas estão localizadas em áreas de extrema pobreza”, afirmou Cornejo.
O desenvolvimento imobiliário do Peru é promovido pelo governo e pela iniciativa privada. “No Peru, como muitos países da América Latina, acontece a auto-construção. As pessoas constróem e depois regularizam e, às vezes, não regularizam. Então, um dos objetivos do governo é regularizar primeiramente a situação das famílias de baixa renda. Licença-automática e procedimentos rápidos”, disse.
“Estamos vivendo os problemas de crescimento. Por exemplo, as condições técnicas que devem ser cumpridas em uma construção, os terrenos disponíveis. Os melhores terrenos, localizados nas áreas centrais e de altíssima rentabilidade imobiliária, são de propriedade de ministérios, escolas, quartéis das Forças Armadas.”
Incentivos – O governo peruano está incentivando as empresas a investir em habitação de baixa renda. “Temos um programa chamado Teto Próprio que tem 44 metros quadrados, que custa US$ 16 mil. O Estado dá US$ 4 mil como subsídio. O restante é financiado em 20, 25 ou 30 anos”, informou.
O ministro disse que o Peru ainda está na primeira etapa do processo de desenvolvimento. “Esse é bom momento para aproveitar as oportunidades no Peru. Temos terrenos baratos de US$ 500 o metro quadrado”, exemplificou.
O evento foi apresentado pelo coordenador-geral do NE, Tony Gonçalves, e contou com a participação de aproximadamente 80 pessoas, entre os quais 15 empresários peruanos, além de Antonio Castillo, cônsul comercial do Peru em São Paulo; Orlando de Almeida Filho, secretário municipal de Habitação; Mercedes Biazquez Garcia Ibarrola, diretora da Câmara de Comércio de Madri no Brasil; Newton Figueiredo, presidente da Sustentax; Basilio Jafet e José Roberto Saldanha Federighi, vice-presidentes do Secovi-SP, entre outros dirigentes e convidados.