O Secovi-SP (Sindicato da Habitação) participou, no dia 7/5, da terceira edição do Ficon (Fórum da Indústria da Construção de Santos e Região), que colocou em debate o cenário e os desafios do desenvolvimento metropolitano da Baixada Santista.

O economista-chefe do Secovi-SP, Celso Petrucci, foi um dos palestrantes do painel Indústria Imobiliária – Panorama Atual e Perspectivas para os Próximos Anos, no qual falou sobre o setor imobiliário nacional e na região da baixada Santista. “A cidade de Santos se tornou uma grande metrópole e está impulsionando o desenvolvimento dos municípios do entorno, como cidades-dormitório”, disse.

Segundo ele, as perspectivas para o setor imobiliário são boas, com o crescimento do número de núcleos familiares, o que aumenta também a demanda por imóveis. “Além disso, a velocidade de crescimento no interior e litoral tem sido infinitamente maior do que a da capital paulista”, afirmou.

Petrucci apresentou, ainda, o Estudo do Mercado Imobiliário da Baixada Santista, desenvolvido pelo Departamento de Economia e Estatística do Secovi-SP e pela empresa Robert Michel Zarif Assessoria Econômica Ltda. O levantamento mostrou que a região passou por um ano de estabilidade entre março de 2012 e março de 2013, com 5.686 imóveis lançados nos municípios de Santos, Praia Grande, Guarujá e São Vicente, contra 5.665 unidades em igual período do ano anterior.

Com relação ao valor dos imóveis, o economista-chefe do Secovi-SP também identifica uma tendência de equilíbrio. “A região da Baixada Santista passou por alguns anos de alta valorização, mas agora tende à estabilidade”, contou.

Além de Petrucci, o painel contou com exposição de Ana Maria Castelo, coordenadora de projetos da FGV-Ibre, que falou sobre a economia da indústria da construção. Segundo ela, após grande alta em 2010, o PIB da construção teve desaceleração nos últimos anos. “Isso não é uma coisa negativa, já que em 2010 o setor trabalhou no limite, chegando até ao esgotamento da mão de obra.”

O cientista político Alcindo Gonçalves participou como moderador do painel, que teve, ainda, dois debatedores: Ricardo Beschizza, diretor do Sinduscon, e Renato Monteiro, diretor geral do Secovi-SP na Baixada Santista, que destacou a importância da verticalização para as cidades. “É uma tendência extremamente positiva. Prova disso é o fato de que as cidades que alcançaram maior expectativa de vida são as mais verticalizadas”, ressaltou.