Em painel no primeiros dia do evento (21/8), players do mercado contaram como fazem para capitalizar suas empresas e desenvolver produtos imobiliários
Em painel na Convenção Secovi-SP, dia 21/8, empresários falaram sobre crédito imobiliário, mercado de capitais, fundos de investimentos e novos modelos de negócios. Em sua fala de abertura, o moderador Ubirajara Freitas, vice-presidente de Estratégias de Mercado do Secovi-SP e CEO da Tegra, afirmou que “a boa gestão do fluxo de caixa da companhia e de cada empreendimento é o que garante o sucesso da empresa em médio e longo prazos. Não existe imobiliário sem o financeiro.”
Em seguida, Ubirajara Freitas falou sobre crédito imobiliário tradicional e apontou os principais benefícios do SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo). “Se a empresa compra bons terrenos, desenvolve produtos imobiliários adequados e depois lança, vende, constrói e entrega, os bancos vão te procurar. E mais, se a empresas estiver ajustada, pronta para receber o crédito, vai continuar se beneficiando desta fonte de recursos, que é o SBPE.”
Jorge Cury Neto, vice-presidente de Mercado de Capitais do Secovi-SP e diretor presidente da Trisul, disse que há mais de 40 anos falam que a poupança vai acabar e foi assim que o mercado foi buscar alternativas de funding. “Criamos os primeiros fundos de investimento imobiliário e, atualmente, há mais de R$ 100 bilhões disponíveis nestes fundos”, revelou, relatando que, “em 2005, vinte empresas entraram no mercado de capitais. Em 2020, vieram mais oito empresas. “Se o projeto imobiliário for bom, a empresa vai conseguir crédito, seja por meio do SBPE, fundos ou mercado de capitais.”
Guilherme Nahas, sócio-diretor da Diálogo Engenharia, disse que a empresa estrutura seus projetos, por meio de parcerias. Ele também destacou a importância de a empresa ter diligência. “Sempre buscamos contratar auditorias independentes para nossos projetos.”
Conforme relatou Marcelo Yunes, vice-presidente de negócios inovadores do Secovi-SP e diretor da Yuny, a incorporadora possui um mix de funding, que começou com parcerias, principalmente em projetos de alto padrão. “Em 2007, abrimos capital e depois fizemos uma joint venture com investidores internacionais”, relatou Yunes, chamando a atenção para – independente de a empresa ter capital aberto – é importante ter uma governança e compliance robustos.
Yunes também ratificou que os fundos são uma ótima oportunidade para a indústria imobiliária, tanto para a compra de terrenos como para o financiamento da produção, e concluiu dizendo que a existência de diversas fontes de recursos viabiliza o mercado, mesmo em tempos de juros altos, possibilitando que ele permaneça saudável ao longo do tempo.