O GeoSecovi, lançado durante a Convenção Secovi 2005, utiliza a tecnologia do geoprocessamento para auxiliar empresários do setor na tomada de decisões, atitude que exige muitos cuidados. Coordenado pelo vice-presidente do Secovi-SP, Cláudio Bernardes, e pelo diretor de Legislação Urbana do Sindicato, Eduardo Della Manna, a ferramenta inovadora introduziu a entidade em uma nova Era. Leia, abaixo, a entrevista com Eduardo Della Manna:

Como surgiu a idéia de conceber um instrumento como o GeoSecovi?

Della Manna – ele nasceu da percepção do Sindicato de que o empresário deve-se pautar em pesquisas e informações para o lançamento de produtos, deixando o feeling de lado. Desta forma, percebemos a necessidade de desenvolver um instrumento de consolidação de dados imobiliários completos, possíveis de se interrelacionar e localizados espacialmente. No início de 2005, a nova Lei de Zoneamento da cidade de São Paulo acabava de entrar em vigor, e era de súbita importância para a sobrevivência do mercado imobiliário a verificação das tendências de crescimento a partir de novas zonas de centralidade. Diante disso, surgiu o GeoSecovi, que permite aos empresários, no momento de definição do projeto, analisar as condições da região escolhida para abrigar o novo empreendimento.

Quais os principais benefícios do GeoSecovi?

Della Manna – Com esse instrumento, é possível realizar consultas e análises, gerar novas informações, com visualização da distribuição espacial de fenômenos demográficos, sociais, econômicos, ambientais e imobiliários, tais como crescimento populacional e diferentes faixas de renda, quantidade de equipamentos públicos existentes, presença de bancos, escolas e hospitais, e o zoneamento. Recentemente, o mercado imobiliário começou a descobrir o potencial do geoprocessamento. Até então, o setor sempre se orientou pela percepção e o faro dos empreendedores. Isso dava certo porque havia abundância de terrenos e de demanda. Na medida em que cresce o número de competidores, os terrenos escasseiam e o preço sobe.

E, como foi o processo de concepção da ferramenta?

Della Manna – ela levou dois anos para ser desenvolvida, e foi criada inicialmente para atender aos incorporadores. Porém, hoje a Rede Secovi de Imóveis, que trabalha com imóveis de terceiros, já está integrada ao GeoSecovi, que inclusive está apto a desenvolver estudos aprofundados para os associados, independente do porte da empresa. Desta forma, queremos criar um verdadeiro observatório do mercado imobiliário, que possa apoiar e subsidiar todas as áreas representadas pelo Secovi-SP.

De que forma o GeoSecovi auxilia o empreendedor na compra de um terreno, por exemplo?

Della Manna – o geoprocessamento é mais do que uma ferramenta inovadora, é poderoso instrumento voltado para o mapeamento, diagnóstico da produção e localização de oportunidades imobiliárias. Trata-se também de um instrumento de gestão da informação e do conhecimento que visa, entre outros, apoiar decisões empresarial relativas à estratégia de atuação do setor. Com o geoprocessamento, as incorporadoras e construtoras passaram a conhecer mais profundamente aspectos como público-alvo e gestão, diminuindo os riscos e garantindo o sucesso do empreendimento. O GeoSecovi, por exemplo, faz uma radiografia do entorno do terreno onde se pretende construir, indicando, zoneamento, entre outros dados, que auxiliam na tomada de decisão. Com ele, também é possível fazer o cálculo automático da contrapartida financeira para empreendimentos que queiram se valer da outorga onerosa. Isso facilita bastante a vida do empreendedor imobiliário.

Outras informações em www.geosecovi.com.br.