Desde que foi anunciada a comercialização de duas das quatro torres da falida construtora Argon, em São José dos Campos, a população tem manifestado preocupação com os valores dos apartamentos, que serão destinados para a população de baixa renda pelo programa Minha Casa, Minha Vida. Também foram questionados os valores que serão cobrados pelo condomínio após a entrega das chaves.

Parte da preocupação ocorre em razão da boa localização do empreendimento e do baixo valor de comercialização. Outro motivo de apreensão se prende ao fato de as quatro torres já terem sido alvo de polêmica sobre o destino do empreendimento.

O diretor regional do Secovi na Região Metropolitana do Vale do Paraíba (RMVale), Frederico Marcondes César, tranquiliza os interessados e diz que não há necessidade de se preocupar com a localização, o custo da unidade e até mesmo com a gestão condominial das torres. “A verticalização dos condomínios tem, por si só, a característica de redução dos custos, uma vez que são mais pessoas ocupando um espaço menor e rateando os custos de manutenção. Além disso, quanto mais unidades na construção, menor é o preço praticado na venda deste imóvel. Isso permite que mesmo as pessoas de baixa renda consigam morar em locais mais próximos das regiões centrais”, afirma. “As torres não possuem nenhuma infraestrutura de lazer, como piscinas, quadras ou qualquer outro equipamento que possa encarecer o valor do condomínio”, finalizou.

Frederico comentou ainda que, desde sua idealização, em 1990, o projeto das torres da Argon foi criado para atender a população de baixa renda, no chamado Plano Empresário Popular, existente na época.

As torres – Em 2009, a Prefeitura de São José dos Campos havia comprado da construtora Argon as quatro torres, por R$1,5 milhão cada.

Em leilão realizado pela Prefeitura em 2012, a empresa Silva&Leão arrematou por R$8,7 milhões duas das quatro torres, cujas obras estavam paradas havia mais de 20 anos, na orla do Banhado.

A empresa está administrando as obras para que a entrega ocorra no prazo de dois anos. A reforma abrigará 252 apartamentos de aproximadamente 55m², sendo 128 unidades por prédio. As moradias serão negociadas por meio de financiamentos do programa ‘Minha Casa, Minha Vida’, do governo federal.

 

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