Depois de uma década praticamente estagnado, o setor de flats está em ebulição em São Paulo. A alta procura por esse produto tem levado corretores a entrarem no mundo das parcerias. Exemplo disso vem da M Baroni, integrante da Rede Secovi de Imóveis e cuja atuação se concentra nos bairros Jardins e Morumbi.
Como são poucas as imobiliárias que trabalham com flats em São Paulo, é bastante comum que umas conversem com as outras. “Às vezes eu tenho o cliente mas não tenho o produto que ele procura, e esse flat pode estar em oferta em outra imobiliária. O inverso também ocorre, quando outras empresas têm o cliente mas não tem o que eles querem, daí acabam me procurando”, afirma Marco Baroni, presidente da M Baroni. Cerca de 20% dos negócios fechados em flats na empresa são feitos em parceria.
O mercado de flats – Trata-se de um negócio praticamente focado em investidores: as pessoas compram um flat e depois alugam para terceiros. A rentabilidade está girando em torno de 0,6% a 0,7 % ao mês sobre o valor do imóvel. Para dar conta das demandas, Baroni estruturou uma equipe especializada nesse produto. “Falar do mercado de flats requer do corretor falar a linguagem do investidor”, explica.
A habilidade do profissional de corretagem para trabalhar com esse tipo de produto deve abranger: noções de potencial de valorização do bem adquirido e rentabilidade a médio e longo prazos; peculiaridades de flats administrados por bandeiras – como Marriott, Accor, Transamérica, entre outras –, conhecidos como “dentro do pool”, e os operados “fora do pool”, por imobiliárias como a M Baroni; documentação necessária para a concretização dos negócios; conhecimento de área comercial e boa desenvoltura. “Para se ter uma ideia, já chegamos a fechar a venda de um flat por telefone. O preparo do profissional que vende esse produto é diferente do que trabalha com imóveis de terceiros ou lançamentos, por exemplo”, diz.
“Atendemos gente de fora de São Paulo e até mesmo de fora do País. Essa alta procura pode ser atribuída à praticidade proporcionada por um flat. O comprador pega tudo mobiliado e com uma série de serviços embutidos, como camareira, manobrista, café da manhã, restaurante, entre outros. O hóspede só precisa entrar com seus pertences”, explica Baroni.