Recentemente, um grande veículo da mídia, de abrangêncianacional, publicou um caderno especial sobre com o que sonha um jovembrasileiro. Os que me conhecem de perto sabem de minha eternapreocupação com o futuro das novas gerações. Assim como a maioria dessesjovens, o meu maior sonho é vê-los trabalhando e formados. E, oessencial: são esses dois fatores que os levarão à moradia digna ? umanecessidade mais do que básica para o ser humano, estudar e trabalhar.

Os que conhecem a incomparável luta do Secovi-SP, bemcomo a de seus dirigentes, em prol da habitação para a populaçãobrasileira ? desde a de interesse social, até a de alto padrão ? não seprivam em reconhecer no rosto de cada jovem cidadão uma ansiedadecompreensível e até convencional para essa faixa-etária: eles queremsim, cuidar das próprias vidas, encontrar um lugar ao sol, e criar umaidentidade moral por meio de um ofício, um trabalho que traga-lhesprazer também, sem nunca esquecer do estudo.

Hoje,temos a grata satisfação de ver no comando da Secretaria de Estado daHabitação, e também da CDHU, uma ?prata da casa?, homem abnegado eincansável, que, sem sombras de dúvidas, deixará seu legado para ahistória recente desse nosso País. Ele se chama Lair Krähenbühl, e meinspira a dizer que o futuro de nosso mercado necessariamente passa epassará pela habitação popular, talvez a mais digna de todas.

Seria infindável, se fosse eu listar os projetos que estão emandamento agora no País e no Estado, mas sei que, por meio de parceriasde toda a ordem, os objetivos gerais são garantir e facilitar o acesso àhabitação de baixa renda, quer seja orientando os municípios para adesburocratização e agilização de processos de regularização e averbaçãode parcelamentos de solo; bem como de núcleos habitacionais para finsresidenciais, públicos ou privados, localizados em área urbana ou deexpansão urbana, ou mesmo instituindo iniciativas à primeira vista umtanto ousadas, porém eficazes.

Precisamos de idéias, e,muito mais do que isso: ação efetiva não só dos poderes públicos, mas dasociedade organizada como um todo, para atender a uma demanda queenvolve praticamente 20 milhões de brasileiros. Como eu já disse em meusegundo livro ?Somos Todos Responsáveis ? crônicas de um BrasilCarente?: não adianta apenas ficarmos passivamente reclamando do governoações para implementar o desenvolvimento, pois somos também responsáveispor implementá-las, agindo com criatividade e ousadia, comoempreendedores sociais. Ainda, é plenamente possível ao empreendedorimobiliário conquistar bons lucros com essa promissora fatia de mercado.Vamos, todos, ajudar o povo a alcançar esse sonho.

*presidente da Acigabc ? Associação dos Construtores,Imobiliárias e Administradoras do Grande ABC, vice-presidente doInterior do Secovi-SP e
autor dos livros ? Caminhos para oDesenvolvimento, Somos todos Responsáveis ? crônicas de um Brasilcarente?;e ?Construindo uma Sociedade mais Justa?, diretor da Fiesp emembro da Academia de Letras da Grande São Paulo