Levantamento do Departamento de Economia e Estatística do Secovi-SP (Sindicato da Habitação), realizado junto ao Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, mostra que o número de ações de cobrança por falta de pagamento da taxa de condomínio caiu 57,1% no segundo mês do ano na cidade de São Paulo. Foram registrados 563 processos em fevereiro, contra 985 ações ajuizadas em janeiro deste ano.
Na comparação com o número de ações registradas em fevereiro de 2012 (911 casos), observa-se retração de 38,2%. O total é o menor registrado em um mês de fevereiro desde 2006, quando foram ajuizadas 1.249 ações. O volume caiu para 1.078 ações em 2007; foi a 1.037 em 2008, chegou a 859 registros em 2009 e despencou para 676 em 2010. Em 2012, foram 911 processos.
O levantamento também apontou queda nas ações acumuladas nos dois primeiros meses do ano. Em janeiro e fevereiro de 2013, foram computadas 1.548 ações, contra 1.799 totalizadas em igual período do ano passado, apresentando um recuo de 13,85%.
Hubert Gebara, vice-presidente de Administração Imobiliária e Condomínios do Sindicato, atribui a queda ao reduzido número de dias úteis em fevereiro (17) e às novas regras de peticionamento eletrônico. “Com isso, muitas ações ainda não ingressaram nos fóruns da cidade de São Paulo”, afirma, reforçando a importância dos acordos extrajudiciais para diminuição da inadimplência em condomínios.
“Os condôminos preferem negociar e pagar parcelado para não ter seu nome inscrito nos serviços de proteção ao crédito”, destaca Gebara. Muitas vezes, acrescenta o dirigente, é melhor para o condomínio receber parcelado do que esperar anos por um resultado na Justiça. “Os síndicos precisam continuar reforçando a cobrança”, aconselha.