Coordenado por Carolina Ferreira, o painel sobre Empreendedorismocontou com duas palestras inspiradoras ministradas pelos empresáriosÁlvaro Souza, conselheiro da Gol, e André Martins, presidente do Jlide(Grupo de Jovens Líderes Empresariais, que deram uma verdadeira aula deempreendedorismo aos jovens que participaram do 1º Congresso Secovi NE,no último dia 24/6, na sede do Sindicato.

Para ÁlvaroSouza, é fundamental ao jovem ter espírito de inovação. “Ao longo daminha vida, especialmente na época em que trabalhei em banco deinvestimentos, eu nunca vi um empreendedor que não tivesse um componentede inovação muito grande”, contou o empresário, que foi presidente doCitibank no Brasil.

Segundo ele, empreendedorismo temtudo a ver com oportunidade. “Um mercado em crescimento geraoportunidades, que propiciam idéias e iniciativas. Aqui no Brasil,atualmente, temos um mercado em crescimento, que deve gerar váriasoportunidades ao jovem empreendedor”, destacou o empresário.

Opinião compartilhada por André Martins, informando queo empreendedorismo genuíno, aquele é por oportunidade e não pornecessidade, também subiu de 38,5%, em 2007, para 45,8%, em 2008. “Ummercado em crescimento traz mais oportunidades”, reforça Martins.Segundo ele, “o Brasil é o 13º país no ranking mundial emempreendedorismo. Doze em cada 100 brasileiros desenvolve algumaatividade empreendedora.”

Atentividade – Essaspessoas segundo Souza, possuem um componente importante denominado porele como “atentividade”, que significa estar ligado o tempo todo. “Osgrandes empreendedores que conheci não eram workaholics. Mas acabeça dele está sempre ligada nas idéias. Não conheço nenhumempreendedor que falasse baixo, olhasse para o teto, ficasse “ranran”.São pessoas superconectadas”, testemunhou Souza.

Outradica é manter o foco do cliente e não no cliente. “Olhar sob aótica do cliente. O empreendedor deve pensar como o seu cliente pensa enão como você acha que ele pensa. E, finalmente, o empreendedor precisaser persistente e teimoso. “Os obstáculos são grandes, mas não sãointransponíveis”.

Educação – Álvaro de Souza,que também é volutário das ONGs Ação Comunitária e WWF, alertou para aqualidade da educação no Brasil. “A educação de boa qualidade no nossoPaís está ficando elitizada, infelizmente”, criticou Souza, constantandoque os dois últimos governos federais (FHC e Lula)tentaram, mas nãoconseguiram reverter esse quadro.

“Eles conseguirammelhorar a qualidade, o acesso à educação, mas não a qualidade doensino. “Isso é um obstáculo ao empreendendorismo. Pois, muitas idéiasjá nascem mortas, se não houver um embasamento acadêmico”, salientou.

Empreendedorismo na sala de aula – O empresárioAndré Martins concordou e foi além, ao afirmar que o caminho é aeducação profissional. ?O próprio ministro da Educação, Fernando Haddad,disse o desejo dele é criar condições no ensino médio para que os jovenstenham mais oportunidades de trabalho”, relatou Martins.

A proposta é que o ensino médio seja mais técnico. “Podemos ensinarao jovem a empreendeder no ensino médio, ajudando a desenvolverhabilidades para te tenha vontade de empreender no futuro”, sugeriuMartins.

Para ele, também também é preciso valorizar otrabalho do empreendedor. “Muitas vezes, o brasileiro vê o empresáriocomo malfeitor e não como benfeitor”, criticou.

Porfim, o jovem empresário concluiu que “sem educação nós não vamos evoluire para isso é preciso uma política governamental e o compromisso detodos pela educação de qualidade.”