Adelmo Sampaio disse tratar-se de um testemunho pessoal de um adquirente de lote da Reserva Ibirapitanga, situada no município de Santa Isabel, na Serra da Mantiqueira. Contou que os empreendedores conseguiram, somente depois de 12 anos, aprovar o loteamento em uma área de preservação ambiental, por meio de licença especial.

Para tanto, criaram uma área de reserva ambiental quatro vezes maior que o tamanho do empreendimento, como unidade de conservação federal. São dois mil hectares e a segunda maior unidade de conservação do Estado de São Paulo. “É uma fórmula inteligente de aliar área urbana à área ambiental. Um modelo maravilhoso, porque é a ponta de um iceberg.”

Segundo ele, morar em Ibirapitanga proporciona um efeito redentor, com uma atividade associativa de resultados: “cuidamos da fauna, da flora e também da convivência com a comunidade do entorno”.

Também possibilita um efeito realizador, por meio da administração urbana (serviços aos moradores), ambiental (a Associação dos Adquirentes de Lotes é dona da unidade ambiental) e social (formação de laços comunitários por meio de diversos programas). “Todos os serviços são contratados via cooperativa, cuja mão-de-obra tem de ser da comunidade”, explica.

Finalizando, falou sobre o efeito transformador. “Despertei para a questão ambiental. Hoje, sou defensor das causas ambientais. Criei laços fraternais com os vizinhos, por meio de ações de gestão ambiental, administração urbana e integração comunitária. Abraço novas causas e tenho novas possibilidades de ação. Assim, é um modelo que deve ser constantemente incentivo.”