Em2007, o mercado de imóveis novos na capital registrou números delançamentos e de comercialização inéditos, em comparação com anosanteriores. De janeiro a outubro, foram lançadas 27.609 unidades e aprevisão é de encerrar o ano com o lançamento de 36 mil imóveis,conforme dados da Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos dePatrimônio). Levantamento mensal desenvolvido pelo Secovi-SP apontouque, nesse período de 10 meses, o desempenho médio de comercializaçãomedido pelo indicador VSO (Venda Sobre Oferta) foi de 15,6%.
Os números constam do Balanço do Mercado Imobiliário deSão Paulo em 2007 e as Perspectivas do Setor para 2008, divulgados peloSecovi-SP nesta terça-feira, 11/12, em coletiva à imprensa realizada nasede da entidade.
Na oportunidade, o presidente doSecovi-SP, João Crestana, ressaltou que o momento de retomada que osetor vive resulta principalmente de fatores como estabilidadeeconômica, cenário internacional favorável, a vinda de bancosestrangeiros ao País (cuja concorrência trouxe bons frutos) e redução naburocracia (apesar de ainda haver muito a conquistar nesse sentido).Para 2008, ele acredita que o mercado deve se voltar à classe de rendamenos favorecida (baixa e baixíssima renda), na qual está concentrada amaior fatia do déficit habitacional ? hoje estimado em 8 milhões demoradias.
Conduzido pelo vice-presidente de Tecnologiae Relações de Mercado do Sindicato, Alberto Du Plessis Filho, o eventocontou ainda com as presenças do presidente do Conselho Consultivo daentidade, Romeu Chap Chap, e do diretor da Embraesp, Luiz Paulo Pompéia.
Recorde histórico
Na avaliaçãode Pompéia, alguns aspectos importantes retratam a recuperação do setor,como o recorde de lançamentos – desde 1985 – registrado em outubro de2007 na Região Metropolitana de São Paulo, de 8.850 unidades. Alémdisso, citou ainda o volume expressivo de investimentos estrangeiros emtodo o País, especialmente em São Paulo; o sistema desenvolvido pelomercado imobiliário com os bancos que permitiu redução de juros eparcelas que cabem no bolso do consumidor; e a criação de segmentoseconômicos pelas empresas que abriram capital, dentre outros.
Mercado de oportunidades
Durante o evento, também foram apresentados dados sobre o mercado delocação na cidade de São Paulo, bem como o perfil do consumidor dessesegmento e os fatores que influenciam a escolha do imóvel e a regiãoonde está situado.
Considerando imóveis novos ou muitobem conservados, o Índice de Velocidade de Locação (número médio de diaspara o imóvel ser alugado) aponta melhor desempenho das casas (11 dias)em relação aos apartamentos (17 dias). Em média, o índice foi de 12dias. Pesquisa realizada pelo Secovi-SP aponta ainda que, em termos degarantia, o fiador continua na liderança (49,2%), seguido de depósito(35,1%) e do seguro-fiança (15,7%).
A análise mostraque a reduzida oferta frente à elevada demanda determinou aumento depreços em torno de 7% (frente a uma inflação de 4%). “Ou seja, umarentabilidade média de cerca de 10% ao ano em relação ao valor doimóvel, o que representa um investimento interessante”, avalia o gerentedo Departamento de Economia do Sindicato, Roberto Akazawa, queapresentou os dados do mercado.
O balanço, que envolveprodução e comercialização de imóveis na cidade de São Paulo, traz aindaas análises de cada uma das áreas representadas pelo Sindicato, cujaabrangência vai desde o loteamento até o condomínio e sua administração.
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