Mercado imobiliário de Bauru em alta

Bauru vive a expectativa de retomada de investimentos, que poderá torná-la um verdadeiro canteiro de obras nos próximos anos. A Secretaria Municipal de Planejamento (Seplan) contabiliza 44 grandes empreendimentos em processo de licenciamento ou em fase de construção na cidade, somando, ao todo, 24.407 unidades habitacionais. Deste total, 70% delas estão localizadas nas zonas norte e oeste do município, trazendo, com isso, maior ânimo para o setor da construção civil.

“O controle das taxas de inflação e de juros para financiamentos imobiliários, a concessão de mais créditos para habitação e a promessa de manutenção da austeridade fiscal em âmbito nacional estão ajudando na recuperação do setor por parte dos empreendedores e consumidores”, destaca Riad Elia Said, diretor regional do Secovi em Bauru. Boa parte dos 44 empreendimentos com pedido de aprovação na Prefeitura tem como público-alvo as famílias de classe média e média baixa, com renda de até R$ 7 mil, e que podem obter financiamento por meio do Programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV).

A importância do programa dentro do segmento habitacional foi reforçada no último mês, após a decisão do Conselho Curador do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) aprovar medidas importantes para o setor imobiliário nacional. Entre as ações, estão a suplementação de R$ 500 milhões em subsídios ao MCMV para o exercício de 2018. A medida, solicitada pela Caixa Econômica Federal, visa garantir a continuidade das contratações do programa, assegurando o atendimento de, aproximadamente, 20 mil famílias. Para vigorar, o OGU (Orçamento Geral da União) deve aportar R$ 50 milhões para cumprir as determinações legais do MCMV.

Para Bruno Pegorin, diretor de Habitação Econômica da entidade no município, a notícia é estimulante e deve incentivar ainda mais o mercado local. “No caso de Bauru, a maior parte dos empreendimentos que aguardam aprovação deve privilegiar apartamentos de dois dormitórios para atender tanto o MCMV quanto o mercado tradicional. Para este último, porém, a expectativa é de que os apartamentos tenham área construída um pouco maior do que a dos anos anteriores, trazendo novas perspectivas para o mercado”, explica.