Apesar dos desafios, comportamento do setor pode ter resultados até superiores aos do exercício anterior
O Brasil fechou 2023 com notícias positivas em termos de PIB – crescimento médio de 3% -, nível de empregos e início do ciclo de redução da taxa de juros. E, em âmbito mundial, os meios de produção e logística, que se desorganizaram com a pandemia, começaram a retornar aos eixos.
Tudo isso impactou positivamente o mercado imobiliário. Na cidade de São Paulo, as vendas de imóveis mostraram grande resiliência e superaram o volume de lançamentos (veja mais em https://secovi.com.br/pesquisa-mensal-do-mercado-imobiliario/). A forte retomada do programa federal Minha Casa, Minha Vida (MCMV), apoiado pelo Casa Paulista (estadual) e o Pode Entrar (municipal), ampliaram o acesso a habitações de interesse social produzidas pelo setor privado, com geração de novos postos de trabalho.
Se não houver revés relevante, o Secovi-SP acredita que o setor terá, este ano, comportamento igual ou ligeiramente superior ao registrado em 2023 (entre 5% a 10% melhor). Contribuem para essa perspectiva fatores como ambiente econômico e político mais estável, orçamento aprovado para o MCMV, o viés de baixa da Selic, maior estabilidade no preço de materiais e a grande necessidade de novas moradias.
Entretanto, há muitos desafios a enfrentar, como pressões de custos, especialmente dos terrenos, falta de mão de obra qualificada, ameaças ao FGTS e capacidade de pagamento para a compra de imóveis pelas classes média e média alta, o que impõe ao mercado continuar buscando soluções para atender a demanda habitacional da população.