Ativo colaborador nas causas do mercado imobiliário, Isaac Sahm era o mais antigo construtor e incorporador inscrito no Secovi-SP, com o número de filiação 63.
Foi o primeiro da categoria a procurar o Sindicato quando a entidade ainda era conduzida por terrenistas.
Pioneiro, trouxe com ele outros 30 colegas.
Nascido na Polônia, Isaac Sahm chegou ao Brasil com seus pais em 1928. Seu ingresso na construção e incorporação aconteceu em 1950, quando começou a atuar na empresa de seu irmão a Arão Sahm Construtora, uma das maiores da cidade naquela época.
Na publicação em homenagem aos 60 anos do Secovi-SP, comemorados em 2006, Isaac Sahm relembrou que “o Sindicato quase não funcionava e o motivo era o seguinte: a urbanização de um terreno, ao contrário de um edifício, às vezes levava anos para ser concluída. A cada dois anos era escolhida uma nova diretoria e, quando se aproximou a eleição, em 1969, decidimos apresentar uma chapa, visando a dinamizar o Sindicato, torná-lo mais ágil. Para nossa surpresa, houve reação, porque o presidente naquela época, Rafael Parisi, um médico e também loteador de terrenos, não queria de jeito nenhum deixar a presidência. Houve, assim, por uma única vez na história do Secovi, a disputa de duas chapas para a presidência.”
Ele contou que a disputa foi acirrada. A campanha saiu às ruas, ganhou as páginas dos jornais e os noticiários de rádio e TV. “Vencemos, não com grande margem de diferença, e quem assumiu a presidência foi Élbio Camilo, da Construtora São Paulo, que deu início ao processo de transição dos terrenistas para os incorporadores. Sua proposta foi mostrar que, conosco, todo o setor estaria representado, pois o Secovi atenderia construtores de condomínios residenciais, comerciais ou industriais. Estávamos numa nova era de existência”, afirmou Isaac Sahm.
Como conselheiro consultivo nato, Isaac Sahm vinha acompanhando a retomada do setor. “Meu objetivo sempre foi colaborar para o engrandecimento do Secovi-SP”, declarou em 2006.
“As novas gerações de empresários e dirigentes da entidade serão eternamente gratos ao trabalho desse companheiro pioneiro e arrojado. O exemplo de sucesso é referência entre todos nós”, afirma João Crestana, presidente do Secovi-SP.