Opresidente da Abecip (Associação Brasileira das Entidades de CréditoImobiliário e Poupança), Luís Antonio França, acredita que o PIB daconstrução civil será de 12% a 15% em 2015. “Ouso prever um crescimentosuperior a 10%, pois a expansão do mercado imobiliário acontece em todoo país”, argumentou.
De acordo com números apresentadospor França durante o workshop “Dia do Crédito Imobiliário – Realidadesde Mercado”, promovido pela vice-presidência de Incorporação doSecovi-SP, o crédito imobiliário nas regiões Norte e Nordeste do Brasilcresceram, respectivamente, 280% e 164% nos últimos 12 meses.
Inadimplência também não é mais problema, em razão doaumento da renda do trabalhador, da expansão dos prazos e da redução dosjuros, que permitiram aumento das contratações de financiamentos a longoprazo. “Em 2000, a inadimplência era de 12%. Hoje, ela atinge 3,57%.Somente 1,5% dos mutuários estão com mais de três prestações em atraso”,informou o presidente da Abecip.
No entanto, burocraciaainda é um dos principais gargalos para o setor. A solução está naadoção da concentração do ônus na matrícula do imóvel. A propostadesenvolvida por bancos, empresários e registradores foi encaminhada aoSecretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Bernard Appy,há um mês.”O instrumento vai trazer mais velocidade e segurança tantopara quem financia, quanto para quem compra.”
Funding – Para o presidente da Abecip, as fontestradicionais de funding para o setor – poupança e FGTS – estarãoesgotadas em curto espaço de tempo, por isso a importância de dinamizaro SFI (Sistema de Financiamento Imobiliário).
Paratanto, serão necessários mecanismos que possibilitem os orginadores decrédito colocarem os contratos no mercado secundário. “Isso não vaiacontecer sem a padronização de contratos e a mudança nos índices deindexação.”
Com o crescimento do crédito imobiliário noBrasil e para evitar uma possível crise de subprime, como anorte-americana, França recomendou rigor na avaliação da capacidade depagamento do mutuário. “Quando surgem problemas sistêmicos, todosperdem. É melhor manter o controle rígido do mercado”, opinou.
O evento contou com palestras da Caixa, do Santander,do Bradesco e Itaú, que apresentaram seus produtos destinados aofinanciamento de imóveis na planta.
?Os financiamentosimobiliários com recursos do SBPE não param de crescer e para este anoprojetamos em torno de 280 mil unidades financiadas, com a contrataçãode mais de R$ 28 bilhões da poupança. O mercado imobiliário estáaquecido, não há dúvida?, constata o diretor-executivo do Secovi-SP,Celso Petrucci.
Há oportunidades de negócios parainvestidores nacionais e internacionais e para mais famílias financiaremseu primeiro imóvel , conforme Petrucci. ?Apesar do risco da inflação, ocenário econômico continua favorável.?
O workshop tevepatrocínio exclusivo da Company S.A.