Aconvite do NE – Novos Empreendedores do Secovi-SP, o presidente doSescon-SP, José Maria Chapina Alcazar, ministrou palestra no último dia13/5, abordando, entre outros assuntos, política de juros altos, excessode burocracia, dificuldade de acesso ao crédito e elevada tributação. Anotícia do evento foi destaque no site e na newsletter da entidade(confira link abaixo).

Na abertura do evento, ovice-presidente de Desenvolvimento do Secovi-SP, Basilio Jafet, lembrouda falta de segurança jurídica no Brasil. “Precisamos de segurança eenergia para desenvolver nossos negócios”, afirmou Jafet.

Chapina Alcazar informou que o País é o nono em número de cidadãosque decidem abrir seu negócio próprio: são cerca de 15 milhões deempreendedores iniciais. No entanto, o número de mortalidade de empresas(64% fecham suas portas até o sexto ano) e de informalidade (2 para cadaum formal) também é elevado.

Segundo ele, a gestão decontroles é uma arma poderosa que o empresário deve utilizar parasobreviver e ter sucesso. “O planejamento e a utilização completa dosbenefícios da contabilidade são fundamentais em um cenário tãocompetitivo como o atual”, destacou.

A correção dasdistorções na cobrança de impostos no Brasil, segundo o palestrante, éponto decisivo para incentivar ainda mais o empreendedorismo e,principalmente, estimular as empresas informais a regularizarem seusnegócios. “É preciso redesenhar a estrutura tributária nacional parapotencializar o crescimento econômico”, disse.

Oempresário contábil ressaltou ainda que a nova realidade fiscalbrasileira com a implantação do Sistema Público de Escrituração Digital,das notas fiscais eletrônicas e do cruzamento de informações em todos osâmbitos exige uma nova postura dos contribuintes. Segundo ele, essecenário gera dificuldades e, ao mesmo tempo, novas oportunidades.

Os investimentos iniciais para adequação a todo osistema e ainda a segurança das informações são apontadas por ChapinaAlcazar como questões preocupantes. “A realidade das empresas hoje estámuito distante desse mundo. O governo deve sim dar recursos para osempresários se organizarem em termos de gestão”, alertou ele, frisandoainda que o sigilo das informações corporativas deve ser garantido.

Por outro lado, o empresário considerou positivasalgumas mudanças no fisco, como o aumento e a busca pela qualidade dasinformações, a modernização dos controles internos nas empresas e,ainda, o aumento da capacidade de competição. Ao final de suaapresentação, enfatizou que os cidadãos devem exigir do governo o mesmoempenho utilizado em fiscalização e controles em incentivos e garantiade que os impostos sejam revertidos em benefícios à população.

“A nós são impostos uma imensa carga tributária e umagama de obrigações, mas os poderes públicos também devem fazer a suaparte, e cabe a todos cobrar isso deles”, argumentou o presidente doSescon-SP, lembrando de mobilizações bem-sucedidas da sociedade, como asque derrubaram a MP 232 e a CPMF.