Um governo que se pauta muito mais pela sensibilidade, honestidade e pureza de atos, antes de qualquer conhecimento extremamente acadêmico, cultural e elitista. Assim o ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Roberto Lupi, definiu o perfil de sua pasta, e até o do governo Lula como um todo, em encontro da política Olho no Olho, realizado neste dia 17/8, na sede da entidade na capital, e que reuniu a diretoria do Sindicato, líderes governamentais e de diversos organismos representativos do setor.

“Nem todas as respostas estão contidas na sapiência, no conhecimento pleno”, refletiu Lupi, lembrando ser tão somente o trabalho acumulado capaz de gerar capital, e que o Brasil vive um momento ímpar, no qual urge a definição de parâmetros fortes para o crescimento sustentável. “Trabalho incansavelmente, pois é assim que acredito que as coisas devam ser. Tenho história parecida com a de milhares de brasileiros, que nem sempre tiveram boas oportunidades, mas que foram, de alguma forma, agraciados com bênçãos especiais e particulares”, relatou o ministro. “Foi assim que um ex-jornaleiro, hoje ministro do Trabalho, viu nascer 1, 2 milhão de novos postos de trabalho só no primeiro trimestre de 2007. Quero ser o ministro do Emprego, não do Trabalho, pois a felicidade é para todos, indistintamente”, completou Carlos Lupi.

Na ocasião,Celso Petrucci, diretor do Secovi-SP e um dos membros do Conselho Curador do FGTS, ressaltou a importância das últimas medidas governamentais para a área da habitação, que beneficiam diretamente o trabalhador com conta no Fundo, no ato da aquisição da casa própria. “Não fui nem mais e nem menos inteligente nessa questão”, observou o ministro, para o qual o Fundo é para o trabalhador, e do trabalhador, e, nada mais justo do que beneficiá-lo com juros menores. “Apenas executei o processo, e muito disso devo a Celso Petrucci, um lutador incansável nessa e em outras questões. É um orgulho poder partilhar com ele mais essa vitória”, disse Lupi.

Combate ao oportunismo – Romeu Chap Chap, presidente do Secovi-SP e reitor da Universidade Secovi, alertou para a ação perversa e danosa de sindicatos fantasmas que se proliferam pelo Estado (leia discurso em download), indagando o ministro do Trabalho sobre quais providências estão sendo tomadas no âmbito de sua Pasta nesse sentido. Objetivamente, Lupi citou duas iniciativas concretas já em funcionamento, e fundamentais para desencadear o processo: a primeira, uma informatização total dos sistemas e procedimentos do Ministério do Trabalho, principalmente no que tange à celebração das Convenções Coletivas, que num futuro próximo serão todas executadas por um programa denominado “mediador”, por meio do qual o Secovi-SP é um dos pioneiros, em território nacional, na formalização de uma Convenção Coletiva de Trabalho executada eletronicamente, para o qual, inclusive, apresentou sugestões consideradas bem-vindas para o aprimoramento dessa importante ferramenta.

A intenção do Ministério do Trabalho é de que, no futuro muito próximo, essa seja a única ferramenta utilizada na formalização das Convenções. “Este será o grande indicador que diferenciará quem faz a coisa certa, de quem faz a coisa errada”, revelou o ministro. Também, um sistema semelhante, denominado “Homologa Net”, atenderá essa demanda, de acordo com Lupi. Os dois projetos, aliados à promoção de uma extensa conferência pública sobre a questão do Registro Sindical, ajudarão sobremaneira na separação do “joio e do trigo”: “meu ministério tem como base a legalidade e a verdade”, pontuou Lupi.

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