As transformações ocorridas na sociedade brasileira também causam influência direta no consumo de produtos do mercado imobiliário. O número crescente de mulheres no mercado de trabalho e a decisão de retardar o casamento ou de ter filhos são situações reais presentes no cotidiano de nossa população. De acordo com a Pnad (Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílio), divulgada em 2012 pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a família brasileira é composta, em média, por três integrantes – contra 3,1 registrados no último levantamento, em 2009.

Os loteadores precisam estar atentos a estas mudanças e nas relações de consumo decorrentes desse novo panorama. Segundo estudo realizado pela Datastore, das pessoas que compraram lotes em dois anos, 90% disseram possuir smartphones e 98% se comunicavam com outras pessoas com o uso de aplicativos de mensagens instantâneas. A internet móvel é utilizada por 75% deste público. A busca por produtos imobiliários foi feita por somente 15% das pessoas em jornais impressos. Outros 25% informaram-se por emissora de rádio. A venda de imóveis por WhatsApp, por exemplo, é um método que tem potencial de ser explorado nos empreendimentos. Ainda assim, a distribuição dos tradicionais folhetos nos semáforos mantém sua efetividade. 

“A atividade de desenvolvimento urbano tem rico potencial no Brasil, especialmente pelo perfil da população, que tem o costume de possuir imóveis, além do déficit habitacional existente. Por isso se faz necessário acompanhar as mudanças constantes dos perfis e oferecer novos produtos e canais de comunicação condizentes com essas necessidades”, conclui Riad Elia Said, diretor Regional do Secovi em Bauru.