Valdo Cruz (Globonews) conduz debate entre Eduardo Leite (PSDB), Ro-
drigo Garcia (DEM), Eduardo Bolsonaro (PSL) e o cientista político Leo-
nardo Tavares. Foto: Fabrício Almeida/CBIC

As mudanças que o Brasil precisa passam pelo Congresso Nacional e só serão construídas pela mobilização do setor empresarial, a partir de uma aproximação do processo político para influenciar, e cobrar, a definição de uma agenda estratégica que recoloque o país na direção do desenvolvimento. Essa agenda deve resultar no resgate da confiança, na melhoria do ambiente de negócios e da gestão pública. Essa é a síntese de debate que reuniu expoentes de uma nova geração de políticos que conquistaram influência, no Legislativo e em outros campos, e participarão desse novo momento projetado para após as eleições de outubro. “A tarefa de 2019 não será fácil. Vamos enfrentar um cenário econômico adverso e é preciso colocar o dedo na ferida do gasto público”, disse o deputado federal Rodrigo Garcia (DEM-SP).

Com o tema O Brasil que queremos no futuro – a agenda estratégica para um crescimento sustentado, a plenária matinal do 90º Encontro Nacional da Indústria da Construção (Enic) também reuniu o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP); o ex-prefeito de Pelotas (RS) e pré-candidato ao governo do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite; e o cientista político Leonardo Barreto. Os painelistas avaliaram o cenário nacional e os temas importantes para o país.
Ante a iminência das eleições de outubro deste ano, destacaram a necessidade de também empresários e empreendedores influírem positivamente para fomentar avanços como as reformas previdenciária, política e fiscal; e pelo fim da insegurança jurídica.

“Quem é crítico, precisa entrar na política, participar”, convocou o deputado Garcia. “É fundamental que os formadores de opinião exerçam uma influência positiva”, disse. O também parlamentar Bolsonaro afirmou enxergar apenas uma alternativa para mudança no modo como a população brasileira escolhe seus representantes. “Eu só acredito numa reforma política se houver uma assembleia constituinte que se dedique exclusivamente a esse tema”, opinou.

“É importante ganhar a eleição defendendo uma agenda que será efetivamente implementada, que foi legitimada pelo voto e que deve ser sustentada por futuras composições”, comentou Eduardo Leite, pré-candidato tucano ao governo gaúcho.

A previsão de que o déficit nas contas públicas deverá persistir em 2019 e 2020 permite antecipar que o futuro presidente da República encontrará, ao tomar posse, cenário difícil. “O próximo governo enfrentará pressão logo de início, com necessidade de solução premente para problemas estruturais”, avaliou Leonardo Barreto. Daí a importância da mobilização. “Empresários são formadores de opinião e têm, nas suas cidades, um papel a cumprir”, disse o cientista político.

Com informações da CBIC